Médico francês é condenado por deixar cachorro solto em Copacabana

Um médico francês foi condenado nesta quinta-feira (20/2) pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) por passear com o cachorro dele sem coleira. Ele se envolveu em uma confusão com uma advogada em uma praça conhecida como Parcão dos Cachorros, em Copacabana. O homem vai ter de cumprir pena de 2 meses em regime aberto.

O animal, conforme a Justiça, era da raça Border Collie e ameaçou outros cães, de pequeno porte que também passavam pela Praça do Lido, em Copacabana, no Rio de Janeiro.

A denúncia partiu de uma advogada que também passeava com os cachorros. A mulher costumava levar os três cães que atendem por Rodolfo, Café e Tiquito, para passearem em uma praça conhecida como “Parcão dos Cachorros”. Além dela, outras três testemunhas afirmaram que o médico, pelas manhãs, se sentava no banco do local, mas sem cuidar do animal.

O cachorro que tem o médico como tutor acabou avançando em um dos animais da advogada. No processo, consta que a mulher teve de intervir para evitar que o Border Collie mordesse o animal dela.

A denúncia afirma que, questionado pela advogada por deixar animal solto, e assim oferecer risco a terceiros, o médico respondeu que “podia fazer tudo, pois com a Justiça do Brasil ele pagava e podia fazer tudo”.

O caso foi registrado na polícia e o médico virou alvo de um processo por “deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal perigoso”, ação prevista na Lei de Contravenções Penais.

A defesa do médico argumentou no julgamento que não haveria provas contra ele. No entanto, a juíza Maria Tereza Donatti rejeitou a alegação.

“A vítima ainda juntou documentos que trazem relatos de outras pessoas que presenciaram agressões verbais, ofensas e ameaças do acusado contra outros cidadãos que frequentam o local dos fatos (Praça do Lido), além de confirmarem que o cão do homem, a despeito de ser perigoso e já ter atacado outros animais, anda sempre sem guia e focinheira”, escreveu a magistrada na sentença.

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