Da televisão ao streaming: as mudanças na forma de torcer em Portugal

A forma de acompanhar o esporte em Portugal já não é a mesma. O que antes se resumia a ligar a televisão e ver o jogo do clube favorito num canal aberto ou por assinatura, hoje em dia converge para diferentes telas, aplicações móveis e plataformas online. A expansão de serviços de streaming, as mudanças nos direitos de transmissão e a multiplicação de conteúdos interativos mudaram a experiência dos espectadores.

Os esportes estão em diversos aspectos da vida dos portugueses. Não somente nos torneios e campeonatos transmitidos, mas também em forma de apostas e jogos. Muitos games são inspirados nos esportes mais amados do país, como o futebol e o basquete, tanto para consoles quanto para plataformas de jogo online.

Até os sites de cassino adotam essa tendência para seus jogos. Operadores como o Samba Slots oferecem diferentes tipos de máquinas de jogo online, com os temas mais variados, que incluem desde sucessos do cinema até símbolos inspirados em atletas famosos. Essa opção de entretenimento envolvendo esportes tem muitos adeptos e também está sendo afetada pelas novas tecnologias.

A evolução das transmissões esportivas no país

Durante décadas, a transmissão televisiva foi o método predominante para se assistir a competições esportivas em Portugal. Em meados da década de 1990, a Televisão Digital Terrestre e os pacotes de canais a cabo chegaram a uma grande parcela da população, permitindo a transmissão de jogos de futebol, basquete, vôlei e outras modalidades de forma mais ampla.

No entanto, as mudanças tornaram-se mais evidentes com a chegada do streaming, que possibilitou assistir aos jogos em tempo real em vários dispositivos, incluindo smartphones e tablets. Plataformas como a Sport TV e a Eleven Sports popularizaram-se rapidamente, dando aos adeptos a liberdade de consumir partidas em qualquer lugar, desde que houvesse acesso à internet.

Os clubes de futebol, por sua vez, começaram a perceber as vantagens de alcançar o público online. Benfica, Sporting e FC Porto, por exemplo, passaram a disponibilizar conteúdo exclusivo nas redes sociais e em plataformas próprias, como forma de atrair e reter mais adeptos. Com isso, gerou-se a oportunidade de criar uma ligação mais direta e imediata com os fãs, ao invés de depender apenas do canal televisivo tradicional.

De acordo com dados divulgados pela ANACOM em 2023, o tráfego de dados em redes móveis cresceu mais de 30% em comparação com o ano anterior, indicando o aumento de pessoas que recorrem a smartphones e tablets para acessar a plataformas de vídeo, incluindo serviços de streaming esportivo.

Por outro lado, a televisão tradicional perdeu parte da sua audiência no horário nobre do esporte. Embora as grandes competições, como a Liga dos Campeões, mantenham índices elevados de espectadores, cada vez mais pessoas optam por serviços on demand para ver transmissões ou os highlights dos jogos.

Através dessas plataformas, o indivíduo escolhe o momento em que quer assistir à partida ou aos resumos, sem ter de se prender ao horário de emissão televisiva. Um relatório do Instituto Nacional de Estatística informou que o número de subscrições de TV a cabo se mantém elevado, mas já não cresce ao ritmo de anos anteriores.

A experiência do usuário e a participação digital

O acesso à internet através de fibra ótica e à tecnologia 5G tem aumentado muito, melhorando a qualidade de ligação e permitindo transmissões em alta definição. Mas para além de assistir ao jogo, o internauta moderno quer interagir, partilhar e comentar o que acontece dentro e fora das quatro linhas.

O Twitter e o Instagram, por exemplo, transformaram-se em palcos paralelos ao jogo em si, onde torcedores trocam opiniões em tempo real, criam memes ou fazem transmissões ao vivo.

Hashtags específicas para cada clube ou competição multiplicam-se, envolvendo não só os adeptos, mas também os próprios atletas e equipes, que passam a responder e a participar de debates online.

Outra mudança está na forma como se discute e se vivencia o jogo. A difusão de transmissões independentes (por vezes realizadas por comentadores amadores ou influenciadores digitais) criou uma comunidade de fãs que prefere ouvir opiniões descontraídas, muitas vezes mais próximas do internauta comum, em vez de comentaristas oficiais.

Em certas plataformas, há até a possibilidade de optar por múltiplos ângulos de câmara ou diferentes locutores, tornando a experiência de assistir o esporte mais personalizada. Este ambiente digital mais dinâmico permite que cada adepto escolha como quer “viver” o jogo.

Já não se trata apenas de ver a bola rolar no campo, mas de alimentar a paixão por estatísticas, prognósticos, curiosidades e até jogos de simulação virtual.

A procura por opções mais interativas é natural, especialmente quando cada adepto busca personalizar a sua forma de torcer. Desde fóruns online de discussão até jogos temáticos inspirados nas competições europeias, há uma grande variedade de escolhas para preencher os intervalos dos jogos ou prolongar a emoção esportiva para além dos 90 minutos.

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