Moraes determina bloqueio da plataforma de vídeos Rumble no Brasil

Nesta sexta-feira (21/2), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a suspensão das atividades da plataforma de vídeos Rumble no Brasil. A medida foi tomada devido ao descumprimento de ordens judiciais pela empresa, que, segundo o ministro, tem sido utilizada por grupos extremistas para a divulgação de discursos de ódio e antidemocráticos. Essa situação remete a um caso semelhante ocorrido com a plataforma X, de Elon Musk, em 2024.

A decisão de Moraes destaca a instrumentalização da Rumble por grupos que promovem discursos nazistas, racistas e fascistas. O ministro ordenou a suspensão completa da plataforma até que todas as ordens judiciais sejam cumpridas, incluindo o pagamento de multas e a indicação de um representante legal no Brasil. Essa ação visa garantir que a Rumble se submeta ao ordenamento jurídico brasileiro, evitando um ambiente de impunidade nas redes sociais.

Como a Rumble descumpriu as ordens judiciais?

Moraes determina bloqueio da plataforma de vídeos Rumble no Brasil
Rumble – Créditos: depositphotos.com / rafapress

O ministro Alexandre de Moraes havia estabelecido um prazo de 48 horas para que a Rumble cumprisse uma série de determinações. Entre elas, estava a necessidade de indicar um representante legal no Brasil, nomear novos advogados e bloquear contas vinculadas ao jornalista Allan dos Santos na plataforma. No entanto, a equipe jurídica da Rumble renunciou, e a empresa não apresentou provas de sua regularidade no país.

Além disso, Moraes exigiu a comprovação documental da constituição regular da empresa na Junta Comercial. A falta de cumprimento dessas ordens resultou na suspensão imediata das atividades da Rumble no território brasileiro. A decisão também incluiu a notificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para comunicar aos provedores de internet sobre a suspensão.

Como a situação da Rumble se compara ao caso da plataforma X?

O caso da Rumble apresenta semelhanças com a situação enfrentada pela plataforma X, de Elon Musk, em 2024. Naquela ocasião, a plataforma também estava sem representantes legais no Brasil e se recusou a cumprir ordens judiciais. Como resultado, a rede social ficou fora do ar por mais de 30 dias, sendo reativada apenas após o pagamento de multas e a indicação de representantes legais.

Ambos os casos refletem a importância de as plataformas digitais cumprirem as leis e regulamentos locais, especialmente em relação à moderação de conteúdo e representação legal. A suspensão das atividades dessas plataformas no Brasil destaca a postura firme do STF em garantir que as empresas de tecnologia respeitem o ordenamento jurídico do país.

Qual o impacto da decisão do STF?

A decisão de suspender a Rumble no Brasil pode ter um impacto significativo nas operações de plataformas digitais no país. As empresas de tecnologia devem estar cientes da necessidade de cumprir as leis locais e manter uma representação legal adequada para evitar sanções semelhantes. Além disso, a decisão ressalta a responsabilidade das plataformas em moderar o conteúdo para evitar a disseminação de discursos de ódio e informações falsas.

Essa medida pode servir como um alerta para outras plataformas que operam no Brasil, incentivando-as a revisar suas políticas de conformidade e garantir que estão em linha com as exigências legais. O caso da Rumble e da plataforma X demonstra que o descumprimento das ordens judiciais pode resultar em consequências severas, incluindo a suspensão das atividades no país.

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