Banco Central segura as pontas? Gestor compara crise atual com a era Dilma

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A comparação entre o atual cenário econômico brasileiro e o período marcado pelo governo de Dilma Rousseff voltou a ganhar força em meio às recentes turbulências fiscais e políticas. Para Sérgio Machado, gestor da MAG Investimentos, embora as crises tenham suas semelhanças, existem diferenças fundamentais, como a independência do Banco Central, por exemplo, que tornam a situação atual menos preocupante — pelo menos por enquanto.

Segundo Machado, a principal diferença entre o governo atual e a gestão de Dilma está na condução da política econômica e no papel das instituições. “Na época da Dilma, você não tinha Ministro da Fazenda nem presidente do Banco Central de fato. Ela era onipotente, prepotente e inclinada a fazer uma série de aventuras econômicas”, afirmou. Para ele, o mercado hoje é mais maduro e menos tolerante a “aventuras” que possam colocar em risco a estabilidade financeira.

A importância do Banco Central independente

Uma das grandes mudanças que marcam a atual gestão econômica é a independência do Banco Central (BC). Para Machado, o BC se tornou uma barreira essencial contra decisões impopulares ou irresponsáveis do governo. “Se o Banco Central continuar independente de fato e de direito, temos uma situação diferente. Na época da Dilma, o Banco Central acabou capitulando e o Brasil enfrentou o pior dos mundos: uma injeção maciça de recursos sem uma defesa monetária sólida”, explicou o gestor.

O cenário atual, segundo ele, conta com um Banco Central que ainda “está fazendo o seu trabalho“, agindo de forma mais técnica e menos suscetível às pressões políticas, o que oferece maior segurança ao mercado financeiro.

Haddad: uma surpresa “positiva”?

Embora o atual governo tenha um presidente de perfil considerado “forte” e com uma postura que desagrada parte do mercado, Fernando Haddad vem se mostrando uma surpresa positiva como Ministro da Fazenda. “No começo do governo, muitos achavam que ele seria ideológico, mas o Haddad tem sido uma barreira importante para a contenção de políticas mais extremas”, destacou Machado.

Na avaliação do gestor, a presença de Haddad ajuda a manter um equilíbrio delicado na política econômica brasileira. “Ruim com ele, muito pior sem ele. Se tivéssemos um ministro alinhado com as alas mais radicais do PT, estaríamos enfrentando um cenário muito mais grave, com possibilidade de o dólar disparar para níveis acima de R$ 7, antecipando um verdadeiro caos fiscal.

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