O que diz a PF sobre a relação de Jair Bolsonaro e Donald Trump

Relatórios produzidos pela Polícia Federal mostram que os inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apontam para um mesmo modo de atuação de aliados de Jair Bolsonaro (PL) e do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Moraes, atualmente, está na mira do grupo empresarial de Trump após dar decisões contra a plataforma Rumble.

O Rumble e a Trump Media & Techonology acionaram a Justiça americana para conseguir uma autorização para não cumprir as decisões ordenadas pelo ministro da Suprema Corte brasileira.

Documentos da PF acessados pela coluna mostram que ao menos desde 2021 os inquéritos relatados por Moraes já indicavam a existência de uma relação entre o modo de atuação de bolsonaristas e trumpistas.

Em 2021, um ex-assessor de Trump, Jason Miller, chegou a ser detido pela PF para prestar depoimento durante uma visita ao Brasil.

De acordo com a PF, os inquéritos das Milícias Digitais e das Fake News, relatados por Mores, mostram que tanto a rede bolsonaristas como a trumpista seguiam um padrão.

bolsonaristas O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Esse padrão, diz a PF, teria sido desenvolvido por Steve Bannon, ex-estrategista de Trump.

A PF apontou para a relação entre o americano e o ex-presidente brasileiro em relatório produzidos em 2021. Naquele momento, Trump já havia deixado a presidência e era investigado nos desdobramentos da invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro daquele ano.

Bolsonaro, por sua vez, mirava nas urnas para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.

Nos documentos, a PF afirma que as redes bolsonaristas e trumpista atuam de forma a influenciar a população sobre alguns temas com o objetivo de angariar “vantagens político-partidárias e/ou financeiras.”

Atuando dessa forma, diz a PF, os aliados dos dois políticos diminuem “a fronteira entre o que é verdade e o que é mentira.”

“Essa atuação transforma rapidamente ideologia em mercadoria, levando os disseminadores a estimular a polarização e o acirramento do debate para manter o fluxo de dinheiro pelo número de visualizações”, afirmou a PF.

 

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