Teia de transações da fintech de policial preso inclui “banco do PCC”

São Paulo — Na teia de transações financeiras do 2Go Bank, do policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, preso nesta terça-feira (25/2), aparecem clientes suspeitos de lavagem de dinheiro milionária. Entre eles aparecem uma casa de câmbio ligada a um investigado por fraudes envolvendo criptomoedas e até mesmo uma empresa que ficou conhecida como o “banco do Primeiro Comando da Capital (PCC)”.

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A investigação, que mira na atuação das fintechs 2GO Bank e Invbank, foi iniciada a partir da delação de Vinicius Gritzbach

O policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, fundador e CEO da fintech 2GO Bank, foi preso durante a operação
A Operação Hydra tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro ligada à facção criminosa
Cyllas já havia sido preso em 26 de novembro do ano passado, durante a Operação Tai-Pan, da PF, contra crimes financeiros que movimentaram R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos
Cyllas, que atuou no Deic, foi citado por Gritzbach em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil
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Operação Hydra, do MPSP e da Polícia Federal, foi deflagrada na manhã desta terça-feira

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A investigação, que mira na atuação das fintechs 2GO Bank e Invbank, foi iniciada a partir da delação de Vinicius Gritzbach

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O policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, fundador e CEO da fintech 2GO Bank, foi preso durante a operação

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A Operação Hydra tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro ligada à facção criminosa

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Cyllas já havia sido preso em 26 de novembro do ano passado, durante a Operação Tai-Pan, da PF, contra crimes financeiros que movimentaram R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos

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Cyllas, que atuou no Deic, foi citado por Gritzbach em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil

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Quem é o policial preso em operação que mira fintechs ligadas ao PCC

Reprodução

Os clientes são mencionados no pedido de prisão do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra o policial civil e de buscas e apreensões em endereços dele e outros investigados na Operação Hydra. Deflagrada nesta terça, a operação tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro do PCC.

Cyllas havia sido mencionado em depoimentos pelo delator Vinícius Gritzbach, assassinado em novembro de 2024 em frente ao aeroporto de Guarulhos. Ele também já havia sido preso em outra operação da Polícia Federal contra uma rede de lavagem de dinheiro que movimentou pelo menos R$ 6 bilhões.

Empresa de Sinop

Na representação pela busca e apreensão contra o policial, o MPSP afirmou que o 2Go Bank recebeu R$ 5 milhões de uma empresa de intermediação de negócios de Sinop, no interior de Mato Grosso.

Um dos maiores pagadores dessa empresa é o 4T Bank, no valor de R$ 31 milhões. Trata-se de uma fintech suspeita de movimentar R$ 8,2 bilhões e denunciada como um verdadeiro banco do PCC em outra operação policial.

Essa mesma empresa de intermediação de negócios, cliente da fintech de Cyllas, também enviou R$ 31 milhões para a UpCambio, que pertence a um homem que foi preso em uma operação da Polícia Federal contra fraudes em criptomoedas.

Segundo os promotores, o endereço dessa empresa que usou a fintech do policial “não tem qualquer aparência comercial”. “Não foi encontrado, ainda, sequer um site institucional que pudesse fornecer quaisquer outros dados”, afirmam os investigadores.

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