Bitcoin em queda: é a hora de comprar?

Bitcoin recua para US$ 95 mil com destaque para tecnologia chinesa e postura do Fed

O mercado de criptomoedas sofreu uma reviravolta significativa nesta semana, com o Bitcoin (BTC) caindo abaixo da marca de US$ 90.000 pela primeira vez desde meados de novembro. A principal criptomoeda global chegou a perder 7,7% em um único dia, atingindo o patamar mais baixo desde 15 de novembro, antes de se recuperar levemente para ser negociada a US$ 88.100 na manhã desta terça-feira (25). O movimento negativo também afetou outras moedas digitais importantes, como o Ethereum (ETH), que caiu mais de 10%, e as altcoins XRP e Solana (SOL), que registraram quedas superiores a 12%.

A reversão da tendência de alta, que havia sido impulsionada pela vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, ocorre em meio ao aumento das incertezas econômicas globais. Desde que Trump assumiu o cargo, a postura combativa do presidente em relação a aliados e rivais geopolíticos, combinada com o anúncio de novas tarifas comerciais, abalou a confiança dos investidores no mercado de criptoativos. O Bitcoin, que havia surfado em um rali de otimismo após as eleições, já acumula uma queda de quase 20% desde a posse em janeiro.

Além das tensões geopolíticas, o mercado cripto enfrenta uma pressão adicional vinda de fatores internos. Recentemente, o maior hack da história das criptomoedas teve como alvo a exchange Bybit, resultando no roubo de cerca de US$ 1,5 bilhão em Ethereum. O ataque, atribuído a hackers supostamente ligados à Coreia do Norte, reacendeu preocupações sobre a segurança das plataformas digitais e aprofundou as perdas no setor. Combinados, os eventos recentes colocam as criptomoedas em um dos momentos mais desafiadores desde o início do atual ciclo de alta.

Bitcoin em queda: oportunidade ou armadilha?

Luiz Pedro, analista de cripto da Nord Research, afirma que o recuo nos preços pode ser um bom ponto de entrada para quem está preparado para lidar com a volatilidade. “O mercado pode cair ainda mais, mas para quem tem visão de longo prazo, os preços atuais são interessantes para compras parciais”, avalia. No entanto, ele ressalta a importância da diversificação e do controle de risco, alertando que “criptomoedas devem representar, no máximo, 5% do portfólio de investimentos”. Para ele, o Bitcoin continua sendo uma aposta sólida para quem compreende suas oscilações. “Se você não tem estômago para suportar a volatilidade desse mercado, talvez seja melhor ficar de fora”, conclui.

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