Dólar fecha com queda mínima, a R$ 5,75. Bolsa sobe com IPCA e Haddad

O dólar fechou em queda mínima de 0,01%, cotado a R$ 5,75, nesta terça-feira (25/2). Uma variação percentual tão pequena, na prática, indica estabilidade da moeda americana. Com o resultado, ela acumula queda de 1,40% no mês e de 6,87% no ano em relação ao real.

A Bolsa brasileira (B3) operou em alta ao longo de todo o dia. Às 17h10, o Ibovespa, o principal índice da B3, registrava elevação de 0,67%, aos 126.242 pontos. Na véspera, o indicador havia encerrado o pregão em forte queda de 1,36%.

Na avaliação de analistas, os dois movimentos estão associados à divulgação nesta terça-feira do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA 15), que é uma prévia sobre a inflação de um mês (a pesquisa de preços é feita no intervalo de 15 dias). No caso de fevereiro, ele ficou 1,23%.

O número não foi baixo. Essa foi a maior alta para fevereiro desde 2016, mas ficou abaixo do esperado. E isso contou. A expectativa do mercado (a mediana) era de uma taxa de 1,36%, mas havia quem apostasse em 1,53%. Nesse sentido, o número foi bem-recebido pelo mercado.

Conta de luz

Na avaliação do economista André Braz, coordenador de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), a volta da cobrança do quilowatt integral na tarifa de energia foi o destaque negativo do índice. Com a variação, nota o especialista, a conta de luz subiu mais de 16% depois de uma queda de 15% em janeiro.

A alimentação segue em alta, mas veio pouco abaixo do esperado. Houve ainda reajuste das mensalidades escolares, o que sempre ocorre em fevereiro. “O IPCA -15 pode abrir espaço para uma desaceleração do índice de março, com uma inflação que corresponda à metade da registrada neste mês”, diz Braz. “Isso porque estamos monitorando uma baixa no preço dos alimentos que pode favorecer os próximos resultados. Mas teremos de aguardar.”

Haddad

Nesta terça-feira, os investidores também acompanharam declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. E afirmou que a “agenda fiscal não pode perder o ímpeto”, em evento realizado em São Paulo, pelo banco BTG.

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