Possível colapso do Oceano Atlântico prevê impacto de efeitos devastadores ao redor do mundo

Colapso do Atlântico Norte? Um novo estudo científico acende um alerta vermelho: a Corrente do Atlântico Norte, responsável por regular o clima em grande parte do mundo, pode estar à beira de um colapso. Mas o que isso significa e quais seriam as consequências devastadoras para o nosso planeta?

Um novo estudo científico acende um alerta vermelho: a Corrente do Atlântico Norte, responsável por regular o clima em grande parte do mundo, pode estar à beira de um colapso – Foto: Canva/ND

A Corrente do Atlântico Norte, também conhecida como AMOC (Circulação Meridional de Reviravolta do Atlântico), é um sistema complexo de correntes marítimas que transporta água quente dos trópicos para o Atlântico Norte.

Para quem não sabe, essa corrente desempenha um papel crucial na distribuição de calor ao redor do mundo, influenciando o clima da Europa, da América do Norte e de outras regiões.

O colapso do Atlântico Norte: por que a AMOC é essencial?

Embora um colapso total da AMOC neste século seja improvável, uma nova pesquisa publicada na revista Nature alerta que seu enfraquecimento já está em curso. Cientistas da Universidade de Exeter e do Serviço Meteorológico do Reino Unido estimam que o colapso do Atlântico Norte pode desacelerar entre 20% e 80% até 2100. Esse declínio, mesmo que parcial, pode provocar eventos climáticos extremos, como secas prolongadas, inundações mais intensas e aumento do nível do mar.

Pesquisas anteriores já apontavam a relação entre o derretimento acelerado das calotas polares e a instabilidade da AMOC. Com mais água doce sendo despejada nos oceanos, o equilíbrio da corrente se altera, impactando fenômenos meteorológicos e ecossistemas marinhos.

Embora um colapso total da AMOC neste século seja improvável, uma nova pesquisa publicada na revista Nature alerta que seu enfraquecimento já está em curso – Foto: Divulgação/Nature/ND

Como o colapso do Atlântico Norte afeta o meio ambiente?

A desaceleração da AMOC pode trazer mudanças drásticas para diversas regiões:

• Europa: invernos mais rigorosos, aumento da ocorrência de nevascas e queda de temperaturas em países como Reino Unido e Noruega.
• África Ocidental, Índia e América do Sul: redução nas chuvas, comprometendo a produção agrícola e a segurança alimentar de milhões de pessoas.
• Costa Leste dos EUA: elevação do nível do mar, aumentando riscos de erosão e inundações em cidades litorâneas.
• Amazônia e Antártida: maior vulnerabilidade da floresta tropical e derretimento acelerado das geleiras.

Perspectivas futuras do colapso do Atlântico Norte

Pesquisadores alertam que, embora o colapso do Atlântico Norte não seja iminente para esta geração, os efeitos de seu enfraquecimento já estão sendo sentidos – Foto: Canva/ND

Pesquisadores alertam que, embora o colapso do Atlântico Norte não seja iminente para esta geração, os efeitos de seu enfraquecimento já estão sendo sentidos. Um estudo do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre Impacto Climático sugere que a AMOC pode atingir um ponto irreversível caso o aquecimento global continue sem controle.

Além disso, novas evidências mostram que os oceanos Pacífico e do Sul desempenham um papel maior na regulação da AMOC do que se imaginava, o que reforça a necessidade de mais pesquisas sobre esses sistemas interligados.