Paulinho, do Palmeiras, recusa proposta para desfilar pela Mangueira

Reforço do Palmeiras para a temporada, Paulinho foi convidado pela Estação Primeira de Mangueira para desfilar na Sapucaí. O desfile do Grupo Especial das escolas de samba do Rio de Janeiro começa neste domingo (2/3) e vai até a próxima terça-feira (4/3).

Afastado dos gramados desde dezembro de 2024, Paulinho está em processo de recuperação após passar por uma cirurgia na perna direita. O planejamento do Palmeiras prevê o retorno do jogador no início do Brasileirão. O atacante recusou o convite da escola de samba por “razões profissionais”.

“Gostaria de agradecer imensamente à escola de samba @gresmangueira pelo convite especial para desfilar este ano, por exaltar a ascensão do povo preto, com enredo sobre a nossa herança bantu. Infelizmente, por questões profissionais, não poderei estar presente no desfile, como já comuniquei”, se pronunciou Paulinho no X, antigo Twitter.

Aproveito também para manifestar meu repúdio à intolerância religiosa que enfrento. Já não se trata apenas de intolerância, mas de racismo religioso, evidenciado pela demonização constante das religiões de matriz africana. Nossa fé e nossas tradições merecem respeito, assim como…

— Paulinho (@Paulinho__PH10) March 1, 2025

Apesar da recusa, Paulinho confirmou que estará na avenida da Marquês de Sapucaí para prestigiar a escola. A Mangueira defila no primeiro dia oficial de desfiles do Grupo Especial, neste domingo (2/3).

A escola verde e rosa entra na avenida oficialmente às 2h30, fechando o priemiro dia oficial de desfiles. Com o enredo “Á Flor da Terra, no Rio da Negritude entre Dores e Paixões”, a Mangueira homenageia a população negra do Rio de Janeiro e convidou o atacante para desfilar no carro alegórico “Negro que venceram na vida”.

Paulinho é adepto da religião do Candomblé e já falou abertamente sobre o preconceito que encara no mundo do futebol devido à sua opção religiosa. Em seu pronunciamento sobre o convite, o atacante reafirmou seu compromisso com a luta contra a intolerância religiosa.