Impressionante! O voo sequestrado que terminou em tragédia nas profundezas do Oceano Índico

Em novembro de 1996, o voo 961 da Ethiopian Airlines se tornou um dos episódios mais dramáticos da história da aviação. A aeronave, um Boeing 767, foi sequestrada e acabou caindo no Oceano Índico, resultando em um dos acidentes mais documentados da época. O voo, que partiu de Adis Abeba, na Etiópia, tinha como destino final Abidjã, na Costa do Marfim, transportando 163 passageiros e 12 tripulantes.

O sequestro ocorreu pouco após a decolagem, quando três homens tomaram o controle do avião, alegando estar em posse de uma bomba. Eles exigiram que o voo fosse redirecionado para a Austrália, apesar da evidente falta de combustível para tal trajeto. O piloto tentou alertar os sequestradores sobre a situação crítica, mas foi ignorado, levando a um desfecho trágico.

Como aconteceu o sequestro do Voo 961?

Os sequestradores invadiram a cabine de comando e ameaçaram o piloto, insistindo para que a aeronave fosse direcionada para a Austrália. Mesmo com os avisos do comandante sobre o baixo nível de combustível, os criminosos mantiveram suas exigências. O piloto, em um ato de desespero, informou os passageiros sobre a situação crítica e pediu que reagissem contra os sequestradores.

Com um dos motores já inoperante, o piloto tentou um pouso de emergência no mar, próximo à praia de Grande Comore, nas Ilhas Comores. O impacto foi registrado por um turista na praia, e as imagens se tornaram um testemunho visual do desastre. Infelizmente, das 175 pessoas a bordo, 125 perderam a vida, incluindo os sequestradores e seis tripulantes.

Treinamento para situações de sequestro:

  • O acidente evidenciou a necessidade de treinamento intensivo para tripulações em situações de sequestro, incluindo técnicas de negociação, gerenciamento de crises e tomada de decisões sob pressão.
  • A importância de priorizar a segurança da aeronave e dos passageiros, mesmo diante de exigências irracionais dos sequestradores.

Protocolos de segurança aprimorados:

  • O acidente levou à revisão e ao aprimoramento dos protocolos de segurança em voo, incluindo medidas para impedir a entrada não autorizada na cabine de comando.
  • A necessidade de garantir que as tripulações tenham autonomia para tomar decisões críticas em situações de emergência.

Comunicação em situações de emergência:

  • A importância da comunicação clara e eficaz entre a tripulação, os passageiros e o controle de tráfego aéreo em situações de emergência.
  • A necessidade de fornecer informações precisas e atualizadas aos passageiros para reduzir o pânico e facilitar a evacuação.

Procedimentos de amaragem (pouso na água):

  • O acidente destacou a complexidade e os riscos da amaragem, mesmo em condições relativamente favoráveis.
  • A necessidade de treinamento específico para tripulações em procedimentos de amaragem, incluindo técnicas de controle da aeronave e evacuação da cabine.
  • A importância de não inflar os coletes salva-vidas dentro da aeronave.

Resiliência e heroísmo:

  • O acidente também demonstrou a resiliência e o heroísmo da tripulação e de alguns passageiros, que lutaram para controlar a aeronave e ajudar os sobreviventes.
  • O comandante Leul Abate, por exemplo, fez um grande esforço para manter a aeronave sob controle, e minimizar o impacto.

Quais foram as consequências e lições do acidente?

Impressionante! O voo sequestrado que terminou em tragédia nas profundezas do Oceano Índico
Avião – Foto: Reprodução/X

O incidente do voo 961 destacou a vulnerabilidade das cabines de comando e a necessidade de medidas de segurança mais rigorosas. Após o acidente, muitas companhias aéreas reforçaram as portas das cabines para evitar invasões. Além disso, o treinamento das tripulações para pousos de emergência na água foi intensificado.

Outro ponto de aprendizado foi a localização de equipamentos de segurança a bordo. O machado de combate a incêndio, que foi utilizado pelos sequestradores para ameaçar os pilotos, passou a ser armazenado em locais acessíveis apenas à tripulação. Essas mudanças visaram aumentar a segurança e a proteção dos passageiros e tripulantes em situações de emergência.

Como o Voo 961 impactou a segurança aérea?

O trágico evento do voo 961 serviu como um alerta para a indústria da aviação sobre a importância de reforçar a segurança a bordo. As medidas implementadas após o acidente visaram prevenir situações semelhantes no futuro. A tragédia também ressaltou a importância de protocolos de comunicação eficazes entre pilotos e tripulação durante crises.

Além disso, o incidente reforçou a necessidade de um treinamento contínuo para a tripulação, capacitando-os a lidar com situações de sequestro e pousos de emergência. O voo 961 da Ethiopian Airlines permanece como um lembrete sombrio, mas essencial, dos desafios e responsabilidades inerentes à aviação comercial.

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