Em clima familiar, bloco Esfarrapado resgata marchinhas no Bixiga

São Paulo — Bloco mais antigo do Carnaval de São Paulo, o Esfarrapado leva a tradição das marchinhas para o Bixiga, centro da capital, nesta segunda (3/3).

Entre 10h e 13h o bloco toca clássicos como Olha a Cabeleira do Zezé e Cidade Maravilhosa. Depois disso, haverá apresentações de samba até às 20h. A proposta é resgatar o Carnaval tradicional de São Paulo.

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Bloco Esfarrapado, no Bixiga

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Bloco Esfarrapado, no Bixiga

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Bloco Esfarrapado, no Bixiga

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Rosana voltou com a família ao bloco Esfarrapado pela primeira vez depois que marido morreu

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O músico Emílio Guerreiro, de 68 anos, conta que o Esfarrapado luta para manter a banda com metais e o clima familiar. O objetivo do bloco é “perpetuar as tradições e não deixar morrer (…). O instrumento de metal é uma tradição que está quase entrando em extinção então, é uma luta nossa, uma resistência”, diz.

O bloco foi criado em uma segunda-feira de Carnaval de 1947 por um grupo de seis amigos e o seu nome, Esfarrapado, faz referência às roupas usadas pelos moradores do Bixiga que participavam da festa.

Naquele tempo, o bairro que havia sido fundado como quilombo de ex-escravizados, se tornava reduto de migrantes italianos e nordestinos.

Hoje, muita coisa mudou. Rosana Alberto, que deu o primeiro beijo no seu futuro marido no bloco 40 anos atrás, lembra que o Bixiga era muito diferente “Eu cresci no bairro. As casas eram mais cuidadas e o Carnaval da cidade era como a gente vê aqui, com as marchinhas”, conta.

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Angélica de Andrade conheceu o bloco há cinco anos e, desde então, faz questão de vir com a sua mãe Hilda. “Venho porque acho esse bloco lúdico, alegre e eu gosto bastante do Bixiga”.

O trajeto desta segunda começou na esquina da rua Treze de Maio com a Conselheiro Carrão e segue em direção rua Marques Leão, rua Una, Praça 14 Bis, Rua Manuel Dutra, rua Maria José, Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, rua Major Diogo, e rua Santo Antônio. O bloco ocupa as ruas do bairro até as 20h.