Veja os perigos do uso de laxantes ou diuréticos sem prescrição médica

Algumas pessoas costumam, erroneamente, recorrer ao uso de medicamentos laxantes ou diuréticos sem prescrição médica para “desinchar” rapidamente, principalmente em ocasiões especiais, como Réveillon e Carnaval, entre outras datas importante. O que nem todos sabem é que a ingestão desses tipos de medicações sem orientação de um profissional pode trazer riscos à saúde.

De acordo com a nutricionista e colunista do Metrópoles Juliana Andrade, o uso de laxantes de forma indiscriminada pode trazer malefícios para o organismo, sendo o principal deles a desidratação.

“Isso ocorre porque os laxantes aumentam a eliminação de água e de eletrólitos (como sódio, potássio, magnésio), podendo causar fraqueza muscular, cãibras e até arritmias cardíacas”, explica.

Além disso, o uso prolongado dessas substâncias leva a prejuízos no funcionamento natural do intestino, causando dependência e até problemas intestinais crônicos.

Já os diuréticos, assim como os laxantes, podem causar desidratação e desequilíbrio eletrolítico. “O mecanismo de ação dos diuréticos envolve o aumento da produção de urina, o que, mais uma vez, pode resultar na perda de minerais essenciais e afetar funções vitais do corpo, como a contração muscular e a função cardíaca”, alerta a especialista.

Vários comprimidos de remédio em fundo rosa - Metrópoles
O uso de laxantes ou diuréticos sem orientação de um profissional pode trazer riscos à saúde

“O uso imprudente de diuréticos também pode levar a uma pressão arterial perigosamente baixa, tonturas e fraqueza e, em último caso, insuficiência renal ou problemas no coração”, destaca.

Por isso, é essencial que qualquer uso de diuréticos, assim como de laxantes, seja supervisionado por um profissional de saúde.

O que fazer?

Para reduzir o inchaço e a retenção de líquidos de maneira mais saudável e segura, a principal recomendação é adotar uma alimentação sem excessos e praticar atividades físicas de forma regular.

Segundo a nutricionista, deve-se, também, evitar o consumo exagerado de produtos alimentícios ultraprocessados, e priorizar ingredientes naturais, principalmente frutas e vegetais.

Mãos de mulher cortando pimentões em mesa de cozinha - Metrópoles
Uma alimentação equilibrada é fundamental para reduzir o inchaço

“Uma hidratação adequada também é fundamental, pois, por mais contraditório que possa parecer num primeiro momento, o consumo de água é crucial para evitar a retenção de líquidos”, diz à coluna.

Diuréticos naturais

Existem, ainda, alimentos e bebidas que podem ter um “efeito diurético natural” e ajudam na eliminação de líquidos sem os riscos associados aos diuréticos sintéticos.

Chás de hibisco, dente-de-leão e cavalinha são ótimos exemplos, conhecidos por suas propriedades diuréticas leves.

“Mas é importante lembrar que o consumo de chás, quando feito de forma abusiva, pode trazer efeitos indesejáveis. Portanto, é importante o bom senso: três xícaras de chás por dia são suficientes para trazer bons resultados”, frisa.

Além disso, alimentos como pepino, melancia, aspargos e alcachofra também apresentam um efeito diurético natural. “O ideal é sempre consultar um profissional de saúde antes de adotar qualquer estratégia para ‘secar’ ou reduzir o inchaço”, reitera.

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