Estudo descobre hormônio capaz de combater rugas e cabelo grisalho

Um novo estudo realizado por pesquisadores da Alemanha identificou uma variedade de hormônios promissores no combate a sinais do envelhecimento, como rugas e cabelo grisalho. O artigo destaca os principais hormônios envolvidos em fatores como a degradação do tecido conjuntivo, que leva ao enrugamento; a sobrevivência das células-tronco e a perda de pigmento, resultado no envelhecimento dos fios de cabelo.

De acordo com o principal autor da pesquisa, o professor de dermatologia da Universidade de Münster Markus Böhm, alguns dos hormônios analisados têm propriedades antienvelhecimento surpreendentes e podem ser usados ​​futuramente como agentes para prevenir a degradação cutânea.

No estudo, os cientistas se concentraram no fator de crescimento semelhante à insulina-1, no hormônio do crescimento, no estrogênio, nos retinoides e na melatonina. Essa última se destacou como um tratamento antienvelhecimento promissor, já que é uma molécula pequena, acessível e bem tolerada que também age como antioxidante e auxilia a regular a produção de energia nas células.

Cabelos longos de jovem mulher virada de costas - Metrópoles
A melatotina se mostrou um hormônio promissor no combate a sinais do envelhecimento, como o surgimento de cabelos grisalhos

Conhecida como o “hormônio do sono”, a melatonina é produzida naturalmente pelo organismo e atua como antioxidante. O composto ainda pode ser encontrado em alimentos como carnes, leite, ovos, banana, kiwi, nozes, abacaxi e cereja.

Propriedades antienvelhecimento surpreendentes

Em conversa com a coluna Claudia Meireles, a dermatologista Joana Costa explica que a melatonina, além de ser um poderoso antioxidante, também é anti-inflamatória, sendo essencial para a regeneração celular, para a proteção contra o estresse oxidativo e até mesmo para a longevidade.

“Com o passar dos anos, sua produção naturalmente diminui, o que impacta não apenas a qualidade do sono, mas o envelhecimento da pele e do organismo como um todo. É por isso que sua suplementação tem sido estudada como uma peça-chave no combate ao envelhecimento e na medicina regenerativa”, diz a médica.

Segundo a especialista, a pele não é apenas um órgão protetor, como também tem um metabolismo próprio e até mesmo produz sua própria melatonina. Isso significa, para ela, que o hormônio atua diretamente na regeneração celular, na reparação dos danos causados por agressões externas, como a poluição e a radiação UV, e na manutenção de uma barreira cutânea saudável.

Mãos realizando massagem facial em rosto de jovem mulher - Metrópoles
A melatonina é essencial para a regeneração celular, para a proteção contra o estresse oxidativo e até mesmo para a longevidade

“Estudos mostram que ela estimula a produção de colágeno e elastina, prevenindo rugas e flacidez. Então, se o objetivo é manter a pele jovem, viçosa e resistente ao tempo, a melatonina é uma grande aliada”, ressalta Joana Costa.

Além da melatonina, os pesquisadores alemães descobriram que hormônios como α-melanócito estimulante (que controla a cor da pele), hormônios do sistema tireoidiano, ocitocina e endocanabinoides (encontrados em produtos de CBD) podem ajudar a proteger a cútis dos danos do sol, retardar os sinais de envelhecimento e influenciar a pigmentação do cabelo.

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