Zoofilia e morte: dono e funcionário de hotel para pets são presos

São Paulo — A Polícia Civil deflagrou, nessa quarta-feira (5/3), uma operação que detectou maus-tratos a cachorros e suspeita de zoofilia em um estabelecimento intitulado Dogfun. O local funciona como hotel para animais, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo. O dono da empresa, Erinaldo Severo, e um funcionário, Douglas, foram presos em flagrante.

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O estabelecimento estava extremamente sujo e havia cães amordaçados

Dois homens foram presos em flagrante
Mais de 30 cachorros estavam no local, que funciona como um hotel para pets
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A polícia realizou operação, nessa quarta-feira (5/3), por denúncia de maus-tratos a animais

Material cedido ao Metrópoles

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O estabelecimento estava extremamente sujo e havia cães amordaçados

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Dois homens foram presos em flagrante

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Mais de 30 cachorros estavam no local, que funciona como um hotel para pets

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Operação policial por maus-tratos a animais

Segundo o delegado que investiga o caso, João Batista Pires Blasi, da 1ª Delegacia de Investigações de Infrações Contra o Meio Ambiente, o local em que os cães foram encontrados estava extremamente sujo. A situação precária foi apontada em dois imóveis.

“Havia cães amordaçados e outros com uma das patas presas rente a cernelha do animal. Na origem, lida-se com um possível caso de zoofilia, no qual um animal, lá abrigado, morrera em condições suspeitas, tendo o canal do ânus dilacerado, embora o suspeito dissesse que o animal morrera dormindo”, explica ao Metrópoles.

Zoofilia e morte de cachorro

A autora da denúncia foi Marcella Maiolino, presidente da ONG Pet Friends. Ela, que resgata animais abandonados, usava o estabelecimento no Capão Redondo como lar temporário para bichos até eles serem adotados.

Em dezembro de 2024, a ONG pegou um cão preto de porte médio, nomeado Bigode. Marcella o deixou no “hotel” enquanto o animal passava por um tratamento e recuperação pós-castração. Segundo a responsável pela organização, em pouco tempo, ele estaria disponível para adoção.

No entanto, em 5 de fevereiro deste ano, Marcella recebeu uma ligação do proprietário do espaço avisando que Bigode havia morrido. “Quando ele faleceu, achei estranho porque era um cachorro saudável. A minha conduta nesse caso é levar para a necropsia”, conta.

De acordo com o laudo, obtido pelo Metrópoles, a causa da morte foi uma sepse, com provável via de contaminação por laceração anal e lesão intestinal. Entre as constatações, estão “exposição da mucosa, sangramento e importante dilatação do esfíncter anal, com perda da conformação anatômica devido a possível penetração forçada”.

Além disso, a região escrotal do cão tinha edemas. Conforme o boletim de ocorrência, ele ainda passou por avulsão de dentes e pneumonia em virtude de bactéria identificada no trato intestinal.

Devido ao ocorrido, temerosa, a presidente da ONG já havia retirado outros 11 cachorros do estabelecimento. Uma cadela, inclusive, apresentou fissuras e assaduras na região do ânus.

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Cadela que também foi detectada com fissuras anais

Investigado por maus-tratos e zoofilia, o estabelecimento Dogfun fica no Capão Redondo
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Cão vítima de zoofilia

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Cadela que também foi detectada com fissuras anais

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Investigado por maus-tratos e zoofilia, o estabelecimento Dogfun fica no Capão Redondo

Cães resgatados

Depois da operação policial no Capão Redondo, os mais de 30 cães que estavam no estabelecimento precisaram ser remanejados. A ONG Pet Friends os retirou de lá.

“Nossa maior dificuldade agora é falar com os tutores de mais de 30 animais que estão aqui”, explica Daniela Catelli, integrante da organização. “Estamos assumindo 30 animais além dos nossos 70. Não temos condições, mas não há o que fazer”, completa.

Tutores e protetores que haviam deixado bichos com a Dogfun — alvo da operação policial — podem entrar em contato pelo Instagram da Pet Friends.

O Metrópoles tentou contato via ligação com o estabelecimento Dogfun, mas não teve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

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