Jovem desaparecida em SP é encontrada morta; delegado revela detalhes do caso

O corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi localizado na tarde desta quarta-feira (5/3) em uma área de mata no município de Cajamar, localizado na região metropolitana de São Paulo. A jovem estava desaparecida há sete dias. Entenda o caso.

De acordo com o delegado Aldo Galiano, responsável pela seccional da área, a vítima foi encontrada com sinais de violência, apresentando o cabelo raspado, ferimentos pelo corpo e a garganta cortada. A identificação foi realizada por meio das tatuagens da adolescente. A Polícia Civil aguarda o laudo pericial para confirmar as circunstâncias da morte. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que as investigações seguem em andamento.

Quais são as principais pistas e suspeitas?

A família identificou o corpo de Vitória por meio de fotografias e também no local do crime, segundo o delegado Aldo Galiano. “Lamentavelmente, trata-se de uma morte brutal. O corpo foi encontrado com sinais de degola, cabelo raspado e diversos ferimentos. As evidências indicam que ela foi torturada, o que sugere um crime motivado por vingança. Essa é a principal linha de investigação até o momento”, afirmou o delegado.

Outro detalhe que pode dificultar as investigações foi relatado por Galiano: as mãos da vítima estavam envoltas em sacos plásticos, possivelmente para evitar que qualquer vestígio de DNA do agressor fosse deixado durante a tentativa de defesa. Apesar disso, a polícia solicitou a realização de exames de DNA para tentar obter pistas adicionais.

“Dada a crueldade do crime, é difícil acreditar que uma única pessoa tenha cometido o ato. Quem perpetrou o assassinato conhece bem a região, pois o local onde o corpo foi encontrado é de difícil acesso, com uma única trilha desmatada que leva até lá”, acrescentou o delegado.

O advogado da família, Fábio Costa, informou que há três suspeitos sendo investigados, mas não forneceu detalhes. Ele afirmou à imprensa que acredita que o desfecho da investigação não trará surpresas quanto aos envolvidos e apontou para a hipótese de crime passional ou motivado por vingança. “Prefiro não compartilhar informações de caráter pessoal neste momento, mas, pela minha experiência, não se trata de um crime de oportunidade, onde alguém simplesmente a viu e decidiu atacá-la. Acredito que Vitória era, de fato, um alvo premeditado”, declarou.

Como aconteceu o caso?

Após o expediente em um restaurante localizado em um shopping, Vitória embarcou em um ônibus com destino à sua residência, mas não chegou ao local. Durante o percurso, a adolescente relatou estar apreensiva por acreditar que estava sendo seguida.

Câmeras de segurança registraram o momento em que a jovem deixa o trabalho e caminha até um ponto de ônibus na noite de quarta-feira (26). Conversas por WhatsApp com uma amiga revelam que dois homens estavam no ponto, o que fez Vitória expressar medo. A amiga sugeriu que ela fotografasse os indivíduos, mas a adolescente hesitou por temer ser flagrada.

Já dentro do ônibus, Vitória avisou que um dos homens também havia embarcado. Questionada se estava sendo seguida, respondeu: “Espero que não”. Mais tarde, informou ter desembarcado enquanto o homem permaneceu no coletivo, demonstrando alívio por isso. Testemunhas relataram à polícia que um carro com quatro ocupantes foi visto seguindo a jovem após ela descer do ônibus e caminhar em direção à sua casa.

A última vez que a adolescente foi vista foi no bairro Ponunduva, onde mora sua família. Ela usava camiseta cinza, calça legging preta, tênis branco e carregava uma sacola pink.

O pai da jovem contou à polícia que costumava buscá-la no ponto de ônibus, mas naquele dia não pôde, pois seu carro estava na oficina mecânica, o que fez com que a filha seguisse a pé. Durante as buscas, um corpo foi encontrado, mas posteriormente confirmado que não se tratava da adolescente.

Quais são os próximos passos da investigação?

A polícia continua a coletar evidências e a interrogar possíveis testemunhas para esclarecer o caso. A análise de câmeras de segurança próximas ao local onde Vitória foi vista pela última vez pode fornecer informações adicionais sobre os movimentos da vítima e dos suspeitos. A colaboração da comunidade também é essencial para avançar nas investigações.

O caso de Vitória em Cajamar é um lembrete sombrio dos desafios enfrentados pelas autoridades na resolução de crimes complexos. A busca por justiça continua, com a esperança de que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados por seus atos.

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