Vídeo: homem nada ao lado de tubarão-baleia no litoral de São Paulo

São Paulo — Um vídeo de drone registrou o momento em que um homem nadou ao lado de um tubarão-baleia no sul de Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, na última segunda-feira (3/3).

A imagem foi capturada pelo Maremar, uma agência de passeios de Ilhabela, em parceria com o projeto Baleia à Vista. De acordo com o fotógrafo e navegador do projeto, Julio Cardoso, o tubarão media cerca de 11 metros de comprimento. Embora essa seja a média do Rhincodon typus, já foi registrado um indivíduo medindo 20 metros, em 1987.

Assista: 

Enquanto os pesquisadores do Baleia à Vista nadavam ao lado do tubarão, toninhas (os golfinhos brasileiros) e arraias do gênero Mobula também apareceram para acompanhar o nado.


Tubarão-baleia

  • O tubarão-baleia é o maior peixe do mundo.
  • Apesar de enorme, é inofensivo aos seres humanos.
  • Alimenta-se por filtração, ingerindo plâncton, pequenos peixes e crustáceos, podendo filtrar milhares de litros de água por hora.
  • A espécie é considerada ameaçada de extinção pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
  • Vive em águas tropicais e subtropicais, em todos os oceanos do mundo, exceto no Mar Mediterrâneo.

Um outro vídeo, registrado por Thiago Veras, marinheiro da embarcação Ballerina, usada no Baleia à Vista, mostra o tubarão bem de perto, dentro do mar. Veja:

 

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Com a ajuda do professor Otto Gadig, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e do navegador Rafael Mesquita, o projeto descobriu que o tubarão-baleia é uma fêmea.

“Agora, torcemos para que ela tenha muitos filhotes e contribua para a recuperação da espécie, sobre a qual ainda sabemos tão pouco”, disse Julio Cardoso.

Em nota ao Metrópoles, o Maremar esclareceu que nadar com peixes é permitido pela legislação brasileira — o que é proibido é nadar com cetáceos. “O tubarão-baleia, por sua vez, é um peixe. E nadar com peixes é permitido, desde que sejam seguidos todos os protocolos de segurança”, disse.

“Este mergulho não foi realizado por simples diversão, mas sim para registrar imagens que possibilitem a identificação do indivíduo. Cada tubarão-baleia (Rhincodon typus) pode ser identificado por suas marcas laterais únicas. Com esse registro, será possível confirmar se se trata do mesmo indivíduo que tem sido avistado ou de um novo visitante na região.”

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