Quinta da Opinião: Golpes bancários e fraudes no PIX: Nem tudo está perdido.

Os golpes bancários e fraudes no PIX se tornaram cada vez mais frequentes, atingindo milhares de brasileiros todos os dias. Com a digitalização dos serviços financeiros, criminosos exploram a rapidez das transações e a vulnerabilidade das vítimas para desviar dinheiro em segundos.

Embora os bancos invistam em segurança, muitas vezes as vítimas enfrentam dificuldades para recuperar os valores perdidos. As instituições financeiras têm a responsabilidade de garantir a proteção das transações e podem ser responsabilizadas quando falhas nos sistemas de segurança contribuem para o golpe.

Diante disso, é importante que as pessoas saibam como se proteger e o que fazer caso caiam em um golpe. Conhecer as fraudes mais comuns e entender seus direitos pode ajudar tanto a evitar prejuízos quanto a buscar uma solução se o pior acontecer.

Golpe do PIX
Um dos golpes mais comuns é o do falso suporte bancário, no qual criminosos fingem ser do banco e pedem que a vítima faça uma transferência de teste.

Além disso, há casos em que golpistas criam uma conta no WhatsApp com um número diferente, usando a foto e o nome da vítima. Em seguida, entram em contato com amigos e familiares, se passando por ela e exigindo uma transferência urgente sob algum pretexto.

Como se proteger? Antes de fazer uma transferência, confirme diretamente com o destinatário. Desconfie de qualquer contato alegando problemas na sua conta, especialmente se houver pedido de um pagamento de teste, pois os bancos normalmente não entram em contato e nem solicitam esse tipo de transação.

Clonagem de WhatsApp
No golpe da clonagem de WhatsApp, criminosos se passam por empresas ou serviços de suporte e convencem a vítima a fornecer um código de verificação enviado por SMS. Com esse código, assumem o controle da conta e enviam mensagens para amigos e familiares pedindo transferências urgentes, alegando alguma emergência.
Como se proteger? Ative a verificação em duas etapas no WhatsApp e nunca compartilhe códigos recebidos por SMS.

Falso Empréstimo
Golpistas oferecem crédito fácil, mas pedem um depósito antecipado como “taxa de liberação” e depois de receber o valor, desaparecem.

Como se proteger? Nenhuma instituição séria exige pagamento adiantado para liberar crédito.

Phishing Bancário
Criminosos enviam links falsos por e-mail, SMS ou WhatsApp, induzindo a vítima a fornecer dados bancários.
Como se proteger? Nunca clique em links desconhecidos e acesse sites bancários digitando o endereço diretamente no navegador.

Golpe do Boleto Falso
Boletos com dados adulterados direcionam o pagamento para a conta do golpista.
Como se proteger? Gere boletos sempre no site oficial da empresa e confira os dados antes de pagar.

Os bancos investem em tecnologia para detectar fraudes, mas isso nem sempre significa que o dinheiro perdido será devolvido. Embora o Código de Defesa do Consumidor e as normas do Banco Central determinem que as instituições financeiras devem garantir a segurança das transações, muitos clientes enfrentam dificuldades para recuperar valores transferidos indevidamente.

Como intermediadores das operações financeiras, os bancos têm a responsabilidade de adotar medidas eficazes para prevenir golpes e oferecer suporte rápido às vítimas. Quando falham nesse dever, podem ser responsabilizados, principalmente se houver fragilidade no sistema de segurança ou demora na resposta ao problema.

Se for vítima de um golpe, a primeira atitude deve ser entrar em contato com o banco imediatamente para tentar bloquear a transação. Em seguida, é fundamental registrar um boletim de ocorrência e reunir todas as provas disponíveis, como prints de conversas e recibos de pagamentos. Também é recomendável procurar um advogado, que pode auxiliar na busca por reparação, inclusive com ações judiciais, caso o banco não tome providências adequadas.

Conhecer seus direitos e agir rapidamente pode fazer a diferença na tentativa de recuperar o valor perdido.

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