Caso Vitória: vizinho investigado fugiu após corpo ser encontrado

São Paulo — Um homem que morava perto da casa de Vitória Regina de Souza, adolescente de 17 anos encontrada decapitada na última quarta-feira (6/3) em uma área de mata de Cajamar, na Grande São Paulo, virou um dos sete investigados após desaparecer ao ficar sabendo que o corpo da jovem foi encontrado.

Segundo a polícia, o homem morava próximo à vítima e era dono do carro modelo Corolla usados por dois homens para mexer com a jovem enquanto ela voltava do trabalho para casa na noite do desaparecimento.

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Vitória Regina

Vitória em festa de formatura
Vitória Regina de Souza, de 17 anos
Corpo da jovem foi encontrado com sinais de tortura
Jovem desapareceu em Cajamar, na região metropolitana de SP
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Corpo de Vitória Regina de Souza, 17, foi encontrado com sinais de tortura e decapitado em Cajamar (SP). Polícia ouviu 14 pessoas envolvidas

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Vitória Regina

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Vitória em festa de formatura

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Vitória Regina de Souza, de 17 anos

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Corpo da jovem foi encontrado com sinais de tortura

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Jovem desapareceu em Cajamar, na região metropolitana de SP

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O corpo da adolescente foi localizado e reconhecido por familiares por causa de tatuagens no braço e na perna e de um piercing no umbigo

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Ainda de acordo com a investigação, as autoridades rastrearam os cartões de crédito do investigado e chegou a cidades do interior paulista. Ao averiguar esses municípios, não encontraram o homem.

Até o momento desta publicação, ele segue desaparecido e polícia segue com diligências visando sua localização.

Carro pode ser a chave do caso

O sétimo investigado é apontado como o dono de um Corolla usado por dois homens para assediar Vitória enquanto a vítima voltava para casa após um dia de trabalho.

Testemunhas afirmaram à investigação que o carro teria sido emprestado à Gustavo Vinicius, ex-namorado da adolescente.

A polícia sabe que o veículo passou pelo mesmo trajeto e no mesmo horário que Vitória ao voltar para casa. Ainda de acordo com a investigação, não se sabe se era Gustavo que dirigia o carro, mas tudo indica para que ele estivesse na posse do veículo no momento do desaparecimento da jovem.

O automóvel foi encontrado e periciado. Nele estava presente um fio de cabelo. O material foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e deve retornar nesta sexta-feira (7/3) e confirmar se o fio é mesmo de Vitória.


A morte de Vitória Regina

  • Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi encontrada decapitada e com sinais de tortura na tarde do dia 5 de março em uma área rural de Cajamar, na região metropolitana de São Paulo
  • Ela estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho.
  • Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o corpo estava em avançado estado de decomposição.
  • A família reconheceu o corpo por conta das tatuagens no braço e na perna e um piercing no umbigo.
  • Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem chegando a um ponto de ônibus no dia 26 de fevereiro e, posteriormente, entrando no transporte público.
  • Antes de entrar no coletivo, a adolescente enviou áudios para uma amiga nos quais relatou a abordagem de homens suspeitos em um carro, enquanto ela estava no ponto de ônibus.
  • Nos prints da conversa, a adolescente afirma que outros dois homens estavam no mesmo ponto de ônibus e que lhe causavam medo.
  • Em seguida, ela entra no ônibus e diz que os dois subiram junto com ela no transporte público — e um sentou atrás dela.
  • Por fim, Vitória desce do transporte público e caminha em direção a sua casa, em uma área rural de Cajamar. No caminho, ela enviou um último áudio para a amiga, dizendo que os dois não haviam descido junto com ela. “Ta de boaça”. Foi o último sinal de Vitória com vida.
  • Pelo menos sete pessoas são investigadas pelo crime.
  • Delegado responsável pelo caso diz que “provavelmente foi crime de vingança”.

Vídeo mostra últimas imagens da adolescente

Os últimos áudios de Vitória

Antes mesmo de entrar no coletivo, a adolescente enviou áudios para uma amiga nos quais relatou a abordagem de dois homens suspeitos em um carro, enquanto ela estava no ponto de ônibus.

Em seguida, Vitória entrou no ônibus e disse que os dois subiram com ela no transporte público – e um sentou atrás dela. Nos áudios, é possível perceber que a jovem demonstra medo após a abordagem dos homens suspeitos. “Passou uns caras no carro e eles falaram: ‘e aí, vida? tá voltando?’. Vou ficar mexendo no celular, não vou nem ligar pra eles”.

Já nas mensagens seguintes, Vitória diz que os suspeitos foram embora. “Deu tudo certo, eles entraram dentro da favela. A hora que eles passaram lá do outro lado e voltaram eu pensei ‘pronto, eles vão voltar aqui de novo’. Mas eles entraram na favela”.

Nos prints da conversa, a adolescente afirma que outros dois homens estavam no mesmo ponto de ônibus que ela, e que eles estavam lhe dando med0. Minutos depois, Vitória diz que pegou o ônibus e que somente um deles a acompanhou — informação que é corrigida mais de 15 minutos depois, quando ela percebe que o outro suspeito também estava no coletivo.

Veja as mensagens:

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Jovem mandou mensagem assustada para a amiga antes de sumir

Vitória diz que dois meninos estavam a assustando e que entraram no mesmo ônibus que ela
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Jovem mandou mensagem assustada para a amiga

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Jovem mandou mensagem assustada para a amiga antes de sumir

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Vitória diz que dois meninos estavam a assustando e que entraram no mesmo ônibus que ela

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Por fim, Vitória desce do transporte público e caminha em direção a sua casa, em uma área rural de Cajamar. No caminho, ela enviou um último áudio para a amiga dizendo que os dois não haviam descido com ela. “Ta de boaça”.

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