EXCLUSIVO – Portal da França destaca denúncia do Ver-o-Fato sobre poluição da Imerys no Pará

Neste mundo de conflitos, bondades, crueldades e manipulações, nada pode ser escondido, ou manter-se escondido por muito tempo. Como nas leis da física e química quânticas, tudo repercute sobre tudo. Parece algo complexo, mas não é. Basta ver o que está acontecendo hoje com a mineradora francesa Imerys, processada no Pará por uma série de crimes ambientais e sociais contra comunidades pobres de Barcarena. Reportagem do portal francês Reporterre, especializado em questões ambientais pelo mundo, afirma que, “enquanto a construção de uma mina de lítio está em projeto no centro da França, a Imerys está sendo processada no Tribunal de Comércio de Paris por suas atividades… no Brasil”.

A matéria cita reportagem do Ver-o-Fato (EXCLUSIVO – Escândalo da Imerys deixa Helder furioso e cabeças vão rolar no governo), com denúncias gravíssimas feitas pelo advogado Ismael Moraes, que levaram o governo do Pará a agir contra a Imerys, que também operava, além das irregularidades, sem licença ambiental. Veja a primeira matéria do portal Reporterre e, no final, a segunda reportagem sobre a exploração de uma mina de lítio, da Imerys, em parceria com sócios americanos, no coração da própria França. Ao descobrir, por meio de matérias do Ver-o-Fato, o que acontecia no Pará, o Grupo Flacks abriu processo judicial contra a parceira comercial, alegando ter sido “enganado do começo ao fim”. Leia, abaixo, as duas reportagens na íntegra, traduzidas do francês”.

“Na França, a Imerys se apresenta como uma das “líderes do setor de mineração em matéria de sustentabilidade”. Com o projeto de abertura de uma mina de lítio destinada à produção de baterias elétricas, no sul do departamento de Allier, a multinacional, herdeira da divisão de metais do grupo Rothschild fundada em 1880, tornou-se a vitrine da retomada da mineração no país.

No momento em que começa a investigação pública sobre a abertura dessa megamina francesa, o escândalo envolvendo um complexo minerador na Amazônia alcança a multinacional. Desde o início de fevereiro, revelou a revista Challenges, a Imerys está sendo processada por um fundo de investimento norte-americano, o grupo Flacks, por “dissimulação fraudulenta”. Segundo o Flacks, contatado pelo Reporterre, a empresa teria vendido suas operações de caulim ocultando o fato de que elas seriam responsáveis por um “desastre humanitário”, devido às “más práticas da empresa mineradora”. A primeira audiência está marcada para 3 de abril no Tribunal de Comércio de Paris.

O caso nos leva à Amazônia, no estado do Pará, no norte do Brasil. Desde 1996, a Imerys explora minas de caulim — um mineral branco usado, entre outras coisas, na produção de pigmentos que dão brilho ao papel e às embalagens — na floresta tropical. Dois oleodutos de 200 quilômetros transportam o material até Barcarena, uma cidade de 125 mil habitantes na foz do rio Amazonas, onde a empresa até recentemente operava um terminal portuário e duas fábricas de beneficiamento.

A Imerys está tentando escapar das consequências de sua poluição?

Em julho de 2024, a Imerys vendeu esses locais de produção ao fundo de investimento Flacks, reunidos em uma nova subsidiária chamada Artemyn. Uma semana após a assinatura, em 12 de julho, as autoridades estaduais informaram à Flacks que haviam acabado de fechar as minas de caulim: a Imerys não respeitou os direitos das populações amazônicas e já não possuía autorização ambiental.

O fundo de investimento acusa a Imerys de tê-lo “enganado do início ao fim”, ocultando a real situação dos ativos vendidos. A Imerys, por sua vez, afirma ter se desfazido dessas operações para “concentrar sua estratégia em mercados especializados, como a transição energética”. No entanto, o grupo Flacks declara estar “totalmente convencido” de que a Imerys busca, na verdade, escapar das consequências de seus trinta anos de atividade no norte do Brasil.

“Toda a vida aquática desapareceu”

“O que surpreende é que as instalações da Imerys não tenham sido fechadas antes”, afirma Marcel Hazeu, pesquisador em ciências ambientais entrevistado pelo Reporterre. Responsável pelo grupo de pesquisa Sociedade, Território e Resistência na Amazônia, vinculado à Universidade Federal do Pará, ele e sua equipe documentam há doze anos os “crimes socioambientais” da empresa.

Em Barcarena, o bairro de Vila do Conde é atravessado por rios em todas as direções e há séculos é habitado por ribeirinhos, comunidades tradicionais de pescadores que vivem em casas sobre palafitas às margens dos cursos d’água. Algumas dessas comunidades são quilombolas, fundadas por antigos escravizados africanos que resistiram e fugiram das plantações. Outras são habitadas por povos indígenas.

A água dos poços após um derramamento acidental de caulim. Laquanam / Universidade Federal do Pará

Desde a chegada da Imerys, essas comunidades passaram a viver, em alguns casos, a poucas centenas de metros de imensos barramentos, onde suas duas fábricas — Rio Capim Caulim e Pará Pigmentos — despejam resíduos semi-líquidos resultantes do processamento do caulim.

Frequentemente, os rios e igarapés de Barcarena ficam brancos, e peixes mortos boiam na superfície. Além dos vazamentos e transbordamentos, há também o risco de rompimentos de barragens: em 2007, quando uma das diques de contenção se rompeu, mais de 200.000 m³ de águas contaminadas foram despejados nos cursos d’água. Em maio de 2014, o Ministério Público do Estado registrou cinco vazamentos acidentais em menos de quinze dias.

“Elementos tóxicos” nos rios

“Dado o número de acidentes causados pela Imerys, podemos considerar os rios Dendê e Curuperé impróprios para qualquer atividade humana”, resumiu Simone Pereira, química da Universidade Federal do Pará, em entrevista ao Reporterre. Seu laboratório de química ambiental (Laquanam) foi acionado diversas vezes para analisar a água após vazamentos.

“A Imerys nega os danos, repetindo que o caulim é ‘inerte’ [não sofre nenhuma alteração com o tempo] e ‘não perigoso’”, explica. “Mas, devido ao ácido sulfúrico usado no processamento, esses efluentes são extremamente ácidos, eliminando toda a vida aquática. Eles também contêm elementos tóxicos, como o bário”, cuja exposição crônica pode causar doenças respiratórias e arteriais.

Desde 2007, uma sucessão de acidentes

Desde 2007, após cada acidente, o Ministério Público do Estado do Pará ordena que a Imerys tome medidas imediatas para garantir a segurança de suas instalações e forneça água e alimentos às comunidades afetadas.

Em 2007, segundo Simone Pereira, a empresa se limitou a perfurar um poço — sem tratar a água. “Após análise, constatamos que a água fornecida pela empresa não era potável”, afirmou a química. Ela também denunciou diversas vezes que a Imerys nunca instalou um sistema para tratar metais pesados em seus efluentes, que são despejados diretamente no rio Pará.

Em outubro de 2016, quando os rios voltaram a ficar brancos, o Ministério Público constatou que a Imerys tentou esconder o acidente, só se manifestando após a denúncia dos moradores. O órgão também destacou que “mais uma vez, a empresa apresentou informações falsas sobre as causas e as consequências do vazamento, agravando a falta de confiabilidade de suas operações”.

Segundo uma investigação do Observatório das Minas, o Ministério Público do Estado solicitou a suspensão das atividades da empresa, mas não obteve sucesso.

Desastre químico

Em 6 de dezembro de 2021, por volta das 20h, os moradores de Barcarena ouviram uma explosão vinda do bairro Vila do Conde e viram uma coluna de fumaça negra subindo de um armazém da fábrica Imerys Rio Capim Caulim. Durante toda a noite, a cidade ficou tomada por uma nuvem de fumaça tóxica.

“Não conseguíamos respirar, nossa cabeça doía muito, não sabíamos para onde correr”, relatou um morador, citado pela ONG de investigação Sumaúma em um processo judicial em outubro de 2023.

Cerca de 30 pessoas foram hospitalizadas, e mais de 100 precisaram de atendimento médico. O incêndio teria sido causado por más condições de armazenamento do hidrossulfito de sódio, um produto químico usado para purificar o caulim. Ele inflama-se em contato com o ar úmido, explode com o calor e libera um gás tóxico.

A Imerys não reconheceu sua responsabilidade e classificou o incidente apenas como um “princípio de incêndio”. No entanto, uma investigação parlamentar conduzida pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará concluiu:

“Podemos afirmar sem medo que a empresa Imerys Rio Capim Caulim S/A é absolutamente incapaz de cumprir as regulamentações.”

A investigação revelou que a empresa não possuía nenhum plano de emergência para acidentes químicos e não havia estabelecido medidas de prevenção, proteção, comunicação ou resgate para a população.

Diante disso, os deputados recomendaram a suspensão de todas as atividades da Imerys. Além disso, 43 denúncias foram registradas por moradores, e o Ministério Público Estadual abriu processos contra a empresa.

Imerys preparava discretamente sua saída

Antes mesmo do incêndio, a Imerys já estava preparando sua saída do Brasil. No final de dezembro de 2021, o advogado Ismael Moraes, especialista em direito ambiental, revelou ao jornal Ver o Fato que a empresa havia “discretamente fechado” uma de suas duas minas de caulim e desligado o oleoduto já em setembro.

Meses antes, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado havia suspendido a licença dessa mesma mina devido à “enorme devastação ambiental nas cidades de Ipixuna e Paragominas, onde dezenas de gigantescas crateras de extração foram abandonadas sem recuperação”.

No final de janeiro de 2022, dirigentes franceses da Imerys estiveram em Barcarena para negociar a venda de seu terminal portuário com “um grande grupo europeu”.

O advogado Ismael Moraes entrou com uma ação civil contra o Estado do Pará, exigindo que impedisse a saída da Imerys, deixando para trás uma “grande dívida fiscal” e todo o passivo ambiental da empresa, incluindo: Desmatamento, Vazamentos e contaminação dos rios; Destruição de nascentes em comunidades indígenas e quilombolas.

A pesquisadora Simone Pereira manifesta preocupação com a segurança das dezenas de bacias de resíduos que permanecerão no meio da região metropolitana de Barcarena.

🛑 “Já houve acidentes graves enquanto o local ainda estava sob vigilância. Agora, imagine o que pode acontecer sem manutenção.”

Os moradores temem uma tragédia similar à de Mariana (2015) e Brumadinho (2019), onde o rompimento de barragens de mineração resultou em centenas de mortes e na destruição de ecossistemas inteiros.

Pereira sugere uma solução radical: “O ideal seria retirar esse material do solo amazônico. Talvez enviá-lo para algum lugar na França.”

Imerys Alvo de Ações Judiciais no Brasil

Desde 2004 nos municípios de Barcarena, Moju, Tomé-Açu, Ulianópolis, Ipixuna

Motivo Número de Ações Intentadas
Derramamento acidental de resíduos de mineração 19
Contaminação da água 1
Conflito de terras relativo à extensão dos locais da Imerys 3
Explosão de depósito de produtos químicos 43
Litígio sobre bens após manifestações de moradores 9
Incineração ilegal de resíduos químicos 1
Pedido de indenização de comunidades quilombolas após a implantação de um oleoduto sem consulta prévia 1
Emissão de fumaça tóxica 1
Prejuízo à saúde dos funcionários 7
Conflito sobre o pagamento de salários 45
Conflito sobre o pagamento de contribuições sociais 14
Prejuízo moral dos funcionários 14
Horas extras ilegais 11
Total 169

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“Minério de lítio no Allier: ‘Não nos falem sobre salvar o clima!’”

Em Moulins, o debate público sobre o projeto da mina de lítio de Échassières, que começou no dia 12 de março, cristaliza as contradições da transição energética.

Moulins (Allier), reportagem

O que eletrificava a atmosfera da sala de festas de Moulins na noite de terça-feira, 12 de março? A presença da imprensa, o ar determinado da centena de moradores presentes, mas, sobretudo, a importância do debate: a abertura de uma mina de lítio em Échassières, no Allier, onde se encontram os últimos contrafortes do norte do Maciço Central.

Seria a primeira vez em cinquenta anos na França. Sentados em cadeiras perto da tribuna, impecavelmente vestidos, os executivos da multinacional Imerys, especializada na produção e transformação de minerais industriais, estavam ali para disputar o primeiro grande jogo da retomada da mineração na França.

Em teoria, a equipe deles não pode perder. A lei prevê que a Comissão Nacional do Debate Público (CNDP) seja acionada sempre que um projeto ultrapassar 600 milhões de euros de investimento, mas não está previsto um julgamento final: após quatro meses de encontros com o público, a Imerys precisará apenas considerar as preocupações e críticas.

O projeto se apresenta como “verde”

A adesão da população facilitaria muito o projeto, que é colossal, e abriria o caminho para a aceitação de todos os futuros projetos de mineração. Os industriais contam com essas minas “para a soberania”, a fim de garantir o fornecimento de metais críticos, desde a produção de baterias até a aeronáutica e a eletrônica de ponta.

Seria essa a razão pela qual a voz de Guillaume Delacroix, diretor-geral da Imerys na Europa, vacilava no microfone quando ele introduziu esse “projeto exemplar destinado a enfrentar o desafio do aquecimento global”, graças a uma “produção de lítio de baixo carbono em circuito curto”. No folheto distribuído ao público, que resume as intenções do grupo minerador, isso é o que se destaca: uma mina necessária para a ecologia, pelo menos para a redução das emissões de carbono, e o mais verde possível. Isso também foi contestado passo a passo, naquela noite, pelos moradores da região.

Étienne, jovem morador dos arredores de Échassières, foi o primeiro a pedir a palavra. “Vocês dizem que esse lítio servirá para combater o aquecimento global, mas, na realidade, ele será usado para produzir as baterias dos veículos que estão no mercado: são carros grandes que vão justamente contra a transição ecológica”, denuncia ele, citando um relatório recente do WWF. “Vocês podem se comprometer a que essa produção de lítio não seja usada para SUVs, por exemplo?” Resposta do diretor da Imerys: “Somos uma empresa mineradora, não decidimos o uso que será feito do lítio”. “Então, não nos falem sobre salvar o clima!”, rebate Étienne.

O consumo elétrico de metade do Allier

Para quem se dá ao trabalho de ler as 156 páginas do dossiê do mestre de obras que acompanha o debate público, há, de fato, motivos para questionar essa estratégia de descarbonização. Pois, para produzir esse lítio, que é apenas um dos metais presentes nas baterias dos carros elétricos, a Imerys precisará implantar infraestruturas gigantescas.

Em Échassières, está previsto escavar no granito para criar galerias de extração a mais de 400 metros de profundidade e um site de britagem subterrâneo, acima do qual será instalada, em 30 hectares, a fábrica de concentração do minério. Dezesseis quilômetros adiante, em Saint-Bonnet-de-Rochefort, seria construída, em 15 hectares, uma “estação de carregamento do minério”, uma verdadeira fábrica, com edifícios de 20 metros de altura e filtros-prensa de 8 metros de diâmetro, destinados a desidratar o minério para ser transportado depois por trem.

Um site metalúrgico de 30 hectares, chamado “fábrica de conversão” pela Imerys, seria criado em Montluçon, também no Allier, para transformar o concentrado de lítio em hidróxido de lítio de qualidade para baterias. Como a outra fábrica, utilizaria diversos reagentes químicos, principalmente ácido sulfúrico. Além disso, haveria a construção de infraestruturas de armazenamento para dois milhões de toneladas de resíduos mineradores por ano, sem contar a construção de uma rede de tubulações subterrâneas, uma linha de alta tensão de 63.000 volts e uma subestação elétrica.

Segundo os números da Imerys, o consumo elétrico desses três sites seria de 446.000 megawatt-horas por ano, o equivalente ao consumo anual de 172.000 pessoas, ou seja, metade do departamento do Allier. Na fábrica de metalurgia, o único forno destinado a aquecer o concentrado de lítio a 1.000°C queimaria 495 gigawatt-horas de gás por ano, o que corresponde ao consumo energético doméstico de 67.000 pessoas na França.

Esses números não foram mencionados durante a noite em Moulins, nem na visita à imprensa organizada pela Imerys no dia seguinte, no futuro site de extração de lítio em Échassières. O impacto ambiental dessas gigantescas obras também não foi calculado.

“Onde estão os estudos sobre a água?”

No microfone, Laurent, secretário-geral da CGT Allier, se apresentou: é “neto de mineiro” e, por isso, não acredita na “mina limpa”. Ele questiona a natureza dos 500 a 1.000 empregos diretos prometidos: são postos fixos ou temporários? Ele lamenta que “as associações não possam intervir no debate para transmitir sua expertise sobre o projeto, que elas estudaram bem”. Muitos membros de Préservons la forêt des Colettes e Stop Mines 03 estavam presentes, mas cada um teve apenas três minutos para se manifestar. Isso não os impediu de insistir que a Imerys falhou em responder à principal preocupação dos moradores: a água.

“Imerys se comprometeu a fornecer um estudo hidrogeológico para avaliar os riscos de poluição da mina, onde está ele?”, pergunta Pierre-François, membro de Préservons la forêt des Colettes. De fato, no site da CNDP, entre os documentos fornecidos pelo mestre de obras, falta a “ficha temática” sobre a água. “O granito de Beauvoir é praticamente impermeável em profundidade”, tranquiliza Fabrice Frébourg, responsável pelo meio ambiente do projeto. Mas o argumento é insuficiente, e ele sabe disso.

“Aqui, os municípios sempre foram enganados pelos exploradores minerais”

Com 720 metros de altitude, a “Bosse”, a colina de Échassières onde a mina seria implantada, é considerada o reservatório de água da região. Ao perfurar uma rocha fraturada que se comunica com um aquífero, a Imerys pode perturbar os fluxos subterrâneos e reduzir as reservas de água subterrânea ao bombear água para escavar suas galerias. Além disso, haverá água suficiente em 2030 no Sioule, o rio vizinho, para bombear pelo menos 600.000 m³ por ano, como prevê a Imerys? E a empresa não corre o risco de extrair muito mais caso suas tecnologias inovadoras de uso de água em circuito fechado não funcionem como esperado?

“Aqui, os municípios sempre foram enganados pelos exploradores minerais, que nunca repararam as poluições”, constata Michel, do Observatório Local do Direito. Seja a mina de urânio de Saint-Priest ou a mina de tungstênio de Échassières, que poluiu a Sioule e os pontos de captação de água com arsênio. “Tudo isso deve ser reparado antes da abertura de uma nova mina.”

Pierre-François, por sua vez, mora ao lado da barragem dos Fades, poluída com chumbo pelas minas de Pontgibaud. Ele varre a sala com o olhar. “Aliás, onde está a senhora prefeita, que se mobilizou tanto a favor desse projeto de lítio? O que ela tem a responder sobre as graves poluições minerais da região?” Pascale Trimbach, que se declarou favorável à extração de lítio há um ano, não veio discutir o assunto com seus administrados.

O Reporterre soube, nos bastidores dessa reunião pública, que o gabinete da prefeitura enviou recentemente um “alerta” para todas as prefeituras da área de Échassières, para informá-las sobre a presença de indivíduos “suspeitos de disseminar informações falsas”. Naquele dia, as associações ecológicas da região haviam saído para distribuir panfletos sobre o projeto da mina de lítio.

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