Sindicato teme que novas delegacias agravem déficit no efetivo

São Paulo — O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) teme que a abertura de novas delegacias da mulher, anunciadas nesse sábado (8/3) pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), possa agravar um quadro de falta de delegados e prejudicar o funcionamento das operações da Polícia Civil.

De acordo com o Sindpesp, a Polícia Civil paulista enfrenta um déficit de 14.589 servidores, que afeta as funções de delegados e escrivães.

Por essa razão, há o temor de que a abertura de novas delegacias possa gerar efeitos colaterais, com prejuízo ao atendimento básico nas unidades e redução da eficiência nas investigações dos crimes em geral, por força de sobrecarga.

“Isso impactará, sobremaneira, a estrutura de pessoal nas diversas regiões do interior paulista. Alguns Departamentos de Polícia Judiciária do Interior (Deinters) vão ter de criar novos plantões 24h, a partir da remoção de policiais em caráter definitivo para compor o expediente nas novas unidades. Outros farão com que seus delegados e delegadas façam revezamento permanente”, diz a presidente do Sindpesp, a delegada Jacqueline Valadares.

As novas delegacias foram anunciadas pelo governador no dia internacional da mulher e deverão ser instaladas nas cidades de São José dos Campos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru, Presidente Prudente, Piracicaba e Araçatuba.

Conforme noticiado pelo Metrópoles, entidades ligadas à Polícia Civil vêm reivindicando mais espaço no governo Tarcísio de Freitas. No centro dessa questão, estão as discussões sobre a Lei Orgânica da Polícia Civil, que deverá alterar o plano de carreira e a remuneração dos policiais do estado.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.