Vereadora Eugênia Lima denuncia silenciamento e violência política de gênero na Câmara de Olinda

Foto: Tiago Calmon

Três dias após o Dia Internacional de Luta das Mulheres, a vereadora Eugênia Lima (PT) alega ter sido silenciada na Câmara Municipal de Olinda, durante a sessão ordinária desta terça (11). O episódio ocorreu quando a parlamentar, que é uma das principais vozes da oposição na Casa, tentou utilizar sua fala para abordar os problemas do Carnaval da cidade, a manifestação das mulheres realizada no último sábado na cidade (8) e os últimos casos de feminicídio com repercussão no Estado.

O regimento interno da Câmara de Olinda estabelece até seis falas de 15 minutos para cada partido (art 91). No entanto, como Eugênia seria a sétima inscrita, sua participação dependia da redistribuição do tempo entre os colegas. E foi exatamente o que ocorreu quando os vereadores Professor Marcelo e Jesuíno Araújo, ambos do PSD, dividiram seus 15 minutos, caracterizando uma única fala e, assim, abrindo espaço para que Eugênia pudesse se manifestar conforme as regras da Casa.

Contudo, quando chegou sua vez, a mesa diretora da casa, composta apenas por homens, simplesmente encerrou os trabalhos antes que Eugênia pudesse falar.

Diante da evidente censura, Eugênia Lima reagiu com indignação. “Isso foi uma manobra autoritária, um ataque direto à democracia e ao direito à palavra. É inadmissível que, poucos dias após o Dia Internacional de Luta das Mulheres, uma vereadora seja silenciada e sofra violência política de gênero ao tentar falar justamente sobre os direitos das mulheres, os recorrentes feminicídios e os problemas da cidade.

A vereadora também destacou que a interrupção de sua fala não foi um simples desencontro de tempo, mas um ato político deliberado para impedir que sua crítica chegasse ao público.

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