Vereador tem resposta dura por questionar ‘vídeos de travesti’ em escola tradicional de Itajaí

Na sessão ordinária da última terça-feira (11), na Câmara de Vereadores de Itajaí, o vereador Victor Nascimento (PL) utilizou a tribuna para questionar ações do Colégio São José, centro de educação particular de vertente católica, após denúncias que teriam sido feitas por pais e responsáveis.

 

Conforme o vereador, cerca de 200 famílias haviam o procurado com um dossiê onde estariam denunciando o suposto uso de literatura e materiais em vídeo que, segundo eles, seriam inapropriados para as crianças.

Imagem representando sala de aula em escola de Itajaí

Vereador questiona ‘vídeos de travesti’ e livros usados por escola de Itajaí – Foto: Pixabay/ND

Vereador questiona ‘vídeos de travesti’ e livros utilizados em escola de Itajaí com crianças

Os materiais que teriam sido utilizados pela escola envolveriam, de acordo com a fala de Victor, livros tratando de temas como gênero fluido, troca de nomes e assassinato. Ele alega que o colégio estaria utilizando destes recursos com estudantes entre oito e dez anos.

“Denúncias de vídeos de travesti passados para alunos do ensino fundamental, abaixo-assinado feito por pais preocupados com a qualidade da educação para os seus filhos de oito, nove, dez anos de idade, sendo respondido pelo próprio colégio com ameaça, com coação”, diz o vereador.

Vereador questiona se escola de Itajaí teria retirado materiais denunciados – Foto: Pixabay/Divulgação/ND

Victor questiona no Requerimento se a escola já teria analisado as denúncias apresentadas e se alguma medida, como a retirada dos materiais, teria sido tomada. Além disso, ele pergunta se a escola teria realizado alguma consulta a especialistas ou à Secretaria de Educação sobre o conteúdo dos livros.

Escola de Itajaí diz que acusações são ‘falsas e ofensivas’

Em resposta aos questionamentos feitos na Câmara de Vereadores, o Colégio São José, a Rede Santa Paulina e Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, emitiram uma nota onde reafirmam o compromisso com uma educação pautada no respeito à legislação e formação integral dos alunos.

Segundo a instituição de ensino, as acusações de que o conteúdo de seus materiais didáticos trazem “transversão de valores” seriam falsas e ofensivas.

Escola de Itajaí diz que acusações são ‘falsas e ofensivas’ – Foto: Freepik/Reprodução/ND

Conforme a nota, o conteúdo ministrado pela escola se limitaria aquele definido na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo direcionado às redes de ensino e suas instituições públicas e privadas, incumbindo às escolas o dever, e não a opção, de abordá-lo em sala de aula com vistas ao esclarecimento aos educandos.

“Repudia-se qualquer tentativa de manipulação da informação que busque comprometer a reputação da escola ou influenciar indevidamente a percepção da sociedade sobre o trabalho educacional realizado, reservando-se ao exercício do direito de ação em âmbito civil e criminal quando se caracterize infundada ofensa à sua imagem e reputação, bem como no encaminhamento de situações discriminatórias ao Ministério Público para as apurações de sua competência”, diz o Colégio São José.

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