Inflação de fevereiro atinge maior alta em 22 anos

A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou uma alta de 1,31% em fevereiro de 2025, o maior índice para o mês desde 2003, quando chegou a 1,57%. Esse avanço coloca o acumulado dos últimos 12 meses em 5,06%, ultrapassando o teto da meta do governo, que era de 4,5%.

Energia elétrica e educação puxam a alta

O principal fator que pressionou a inflação em fevereiro foi a energia elétrica residencial, que teve um aumento expressivo de 16,80%. Esse reajuste ocorreu devido ao fim do Bônus de Itaipu, um desconto que havia reduzido as contas de luz em janeiro. Sozinho, esse aumento impactou 0,56 ponto percentual do IPCA do mês.

Outro grande responsável foi o setor de educação, com um aumento de 4,70%. O reajuste das mensalidades escolares no início do ano letivo representou 0,28 ponto percentual da inflação de fevereiro.

Já os preços de alimentos e bebidas também contribuíram para o avanço do índice, com um aumento de 0,70% no mês. Os destaques foram o ovo de galinha, que subiu 15,39%, e o café moído, com alta de 10,77%.

Banco Central reage com aumento da taxa Selic

Diante do avanço da inflação, o Banco Central adotou uma medida de contenção: um aumento de 100 pontos-base na taxa Selic, que agora está em 13,25%. Além disso, a instituição já sinalizou que pode haver um novo aumento da mesma magnitude na próxima reunião de março.

O que esperar para os próximos meses?

A inflação pode continuar acima da meta nos primeiros meses do ano, mas a expectativa do governo é que ela desacelere ao longo de 2025. A projeção oficial é que o índice se aproxime do centro da meta de 3% até meados de 2026.

Com o impacto da alta da inflação no custo de vida, o governo e o mercado seguem atentos às medidas necessárias para controlar a escalada dos preços e evitar impactos ainda maiores na economia.

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