Fundeb: coveiro era usado como ‘laranja’ em esquema de corrupção

A Polícia Federal (PF), com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quinta-feira (13/3) a Operação Shallow Grave, que investiga desvios de recursos públicos destinados à educação em Fartura do Piauí (PI). Os investigadores também apuram o envolvimento de um coveiro do município vizinho de São Raimundo Nonato, supostamente usado como “laranja” para movimentações financeiras fraudulentas.

Conforme apurado pela PF, o funcionário público, que trabalha como coveiro, teria movimentado valores incompatíveis com sua renda, totalizando cerca de R$ 715 mil reais. A descoberta chamou atenção das autoridades, que constataram que as movimentações seriam fruto de recursos desviados do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens nas cidades de Teresina (PI), São Raimundo Nonato (PI) e Camaçari (BA). As medidas foram autorizadas pela 3ª Vara Federal com o objetivo de garantir o ressarcimento aos cofres públicos.

A operação teve início após serem detectadas operações financeiras suspeitas envolvendo o núcleo investigado, entre eles o coveiro, que servia como laranja para ocultar os valores desviados. Há suspeita de que o dinheiro público tenha sido utilizado para pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e políticos.

O valor inicial bloqueado pela Justiça é de R$ 715 mil reais. Os suspeitos podem responder por organização criminosa, fraude e lavagem de dinheiro.

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