BELÉM – Operação da prefeitura tira 53 carros velhos das ruas

Na capital paraense, as ruas e avenidas estão gritando por socorro, sufocadas por um problema que parece invisível aos olhos de quem deveria resolvê-lo: os carros abandonados. Esses trambolhos enferrujados, largados como esqueletos de metal, ocupam espaço precioso, acumulam sujeira e transformam o cenário urbano em um retrato de descaso.

Os veículos abandonados não são apenas um estorvo estético – são um tapa na cara da ordem pública. Em muitos bairros como Guamá, Jurunas e até nas áreas mais centrais, eles viram abrigo para insetos, acúmulo de lixo e, em alguns casos, ponto de uso de drogas.

A prefeitura, por meio da Secretaria de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade (Segbel), transformou a “Operação Carro Velho”, iniciada em fevereiro, numa rotina de limpeza urbana que já removeu 53 veículos largados como lixo em pleno espaço público. E o recado é claro: isso é só o começo.

Esses esqueletos não são apenas um problema de estética – são uma afronta ao direito de ir e vir. Eles ocupam vagas de estacionamento, atravancam calçadas e tornam a vida de pedestres, ciclistas e motoristas um inferno, especialmente para quem tem mobilidade reduzida.

Pior ainda: viram depósitos de sujeira, criadouros de ratos e focos de doenças como a dengue, ameaçando a saúde de todos. A Segbel, liderada por Luciano de Oliveira, não está para brincadeira: “Vamos zerar essa ocupação irregular, devolver a organização e garantir acessibilidade”, promete o secretário. E que assim seja, porque Belém não aguenta mais conviver com essa herança de descaso.

A operação é um alívio para os moradores. Isabel Melo, aposentada de 69 anos, resume o sentimento geral: “Tiraram um carro que juntava lixo e ratos, desfigurava a rua e ainda tomava espaço. Isso tem que continuar até acabar o problema”. Ela está certa. Cada remoção é uma vitória – menos caos, mais ordem, mais cidade para quem realmente a vive. E a demanda só cresce, com a população aplaudindo e pedindo mais ação.

A Segbel também faz um chamado à comunidade: denunciem. A Ouvidoria está aberta para receber queixas, e as equipes prometem agir rápido. É uma parceria que pode transformar Belém, tirando das ruas esses monumentos ao abandono que, por anos, foram ignorados.

“Queremos uma cidade mais acessível para todos”, reforça Oliveira, e a população parece concordar: motoristas recuperam vagas, ciclistas ganham segurança, e pedestres voltam a andar sem desviar de carcaças.

Esse esforço é mais do que necessário – é urgente. Belém tem história, cultura e um povo que merece ruas limpas, não um ferro-velho a céu aberto. A “Operação Carro Velho” é um passo na direção certa, mas precisa ser implacável. Enquanto houver um trambolho ocupando espaço e enfeiando a cidade, o trabalho não deve parar.

A cidade agradece – e merece.

Carros velhos e abandonados retirados pela Segbel

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