Governo Lula estuda universalizar aceitação do vale-refeição

O governo Lula recebeu uma proposta nesta sexta-feira (14/3) para universalizar a aceitação dos vales-refeições, dentro do plano para diminuir o preço dos alimentos. A ideia agradou os representantes do Executivo. A ideia é que, diante de uma concorrência ampla, as bandeiras diminuam as taxas cobradas pelas transações, e que essa redução seja passada ao consumidor final.

A proposta foi apresentada ao secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto. Ele se reuniu com a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), que representa empresas de vale-refeição e alimentação.

A ABBT apresentou a proposta de criação de um novo sistema no Programa de Alimentação do Trabalhador (Rede PAT). Na Fazenda, há até um nome provisório, o Pax, semelhante ao Pix. Nele, o trabalhador poderia pagar por sua alimentação e refeição em qualquer estabelecimento comercial credenciado, independente do emissor do cartão.

A ideia do original do governo é acabar com as bandeiras e adotar a Caixa Econômica Federal como operadora. Isso eliminaria as taxas adotadas pelas empresas de vale-refeição. Esse desenho é apoiado pelos representantes dos supermercados, mas a ideia de criar um sistema que universalize a aceitação e aumente a concorrência tem se mostrado como um “meio termo”.

O movimento acontece num contexto de esforço do governo Lula para diminuir o preço dos alimentos. O Planalto credita à alta na inflação desses produtos (segundo o IPCA, o grupo Alimentação e Bebidas teve alta de 7,69% em 2024) a queda na aprovação do presidente.

Neste mês, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin anunciou uma série de medidas visando a redução dos preços dos alimentos. Um dos principais pontos é zerar os tributos sobre vários alimentos importados, como café e carnes.

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