Hoje, ontem e o vai-e-vem da história (por Chico Alencar)

2025: um, embora deputado brasileiro, vive nos EUA. Idolatra Trump, acocora-se diante dele, e quer o nosso país recolonizado pelos América do Norte. Declara-se articulador da direita no mundo. Seu pai, quando presidente, o queria embaixador do Brasil nos EUA: “ele faz hambúrguer muito bem”.

Outro, sem escrúpulos, ofende a ministra Gleisi, o deputado Lindberg e o presidente do Senado. Acostumado no baixo nível, posta em suas redes um suposto “trisal” dessas autoridades. Acionado no Conselho de Êtica, perde a “valentia”, apaga a sandice e jura que não quis ofender ninguém…

Outros ainda são réus por desvio de emendas parlamentares (daí quererem tanto que elas continuem secretas, como confirmado há pouco pela maioria do Congresso).

O que esses parlamentares têm em comum?

Pertencem ao mesmo partido, o PL, que “inchou” com o “Mi(n)to” (sua 10a legenda) – para aflição póstuma de seu fundador, Álvaro Vale, suponho. Hoje o neoPL é a maior bancada da Câmara dos Deputados.

Seus componentes professam desapreço pela democracia, apoiaram a trama golpista para perpetuar Bolsonaro no poder e agora, na maior cara de pau, pedem anistia para quem atentou contra o Estado Democrático de Direito, que lhes assegura a axistência (não para delinquir!).

Dia 25 começarão a prestar contas, na Justiça, de seus atos criminosos.

Menin@s, eu vi: há exatos 40 anos, o povo envolvia o Congresso Nacional, para garantir a posse de Tancredo/Sarney, dando mais um passo para o fim do regime militar.

Mas ainda há quem vá à rua defender golpe, ditadura e tortura, até usando o nome de Deus em vão…

Com a História – que não é um espaço de certezas – estudada e vivida, afirmo: pode demorar, mas os obscurantistas, negacionistas e golpistas não prevalecerão!

 

(Chico Alencar, professor de História e deputado federal -PSOL/RJ)

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