Empresário que forjou própria morte e jogou parte do dedo e dentes na casa da namorada em Blumenau vira réu em ação do MP-SC

Os dois homens presos pelo caso do empresário que forjou a própria morte, deixando parte de um dedo e dentes na casa da namorada, no bairro Velha Central, em Blumenau, tornaram-se réus em uma ação do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC). A 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Curitibanos busca levá-los a julgamento e obter sua condenação pelo Tribunal do Júri.

A denúncia foi apresentada pelo Promotor de Justiça Renato Maia de Faria, com base nas provas reunidas pela Polícia Civil.

O crime

Segundo as investigações, um dos réus, de 41 anos, planejou forjar a própria morte para benefício pessoal e contou com a ajuda do outro, de 38, para atrair a vítima — supostamente uma pessoa em situação de rua — sob o pretexto de lhe oferecer comida.

O objetivo era assassiná-la e carbonizar o corpo dentro da própria caminhonete, fazendo com que fosse identificado como sendo do empresário.

A investigação

A Polícia Civil descobriu que a versão inicial, de que o corpo carbonizado encontrado em São Cristóvão do Sul pertencia ao empresário, era uma farsa. Após simular sua morte, ele deixou parte de um dedo e dentes na casa da namorada, em Blumenau.

Na sexta-feira, 28, os dois suspeitos foram presos em Navegantes e Itajaí.

As investigações apontam que o empresário, que tinha pendências trabalhistas com funcionários e aplicava golpes na venda de placas solares, teria planejado a farsa para escapar das dívidas.

Cinco dias após o crime, agentes da Polícia Civil de Curitibanos e Blumenau foram até a casa da namorada do empresário, onde encontraram um pedaço de dedo e dois dentes no quintal.

No dia seguinte, 21, a mulher começou a receber ameaças por telefone. Um homem afirmava que o corpo carbonizado no veículo não era de seu namorado. Ele também enviou um vídeo no qual um homem aparece sendo espancado e depois carbonizado envolto em pneus, sugerindo que os restos deixados na casa haviam sido usados para comprovar falsamente a morte.

A farsa desmascarada

Com a troca de informações entre unidades policiais, a fraude foi descoberta: o empresário estava vivo e tentava enganar funcionários, clientes e seguradoras, pois havia feito seguros de vida e veicular.

A polícia também localizou o segundo suspeito e confirmou que o corpo encontrado no veículo em São Cristóvão do Sul seria de um homem em situação de rua da região de Curitibanos. A identidade da vítima ainda será confirmada por exame de DNA.

Durante as investigações, a namorada do empresário teve vídeos íntimos vazados para familiares e colegas de trabalho. O material estava em posse do suspeito.

Em depoimentos informais, os acusados confessaram o crime, acreditando que conseguiriam se livrar das pendências financeiras.

O Promotor de Justiça Renato Maia de Faria destacou a gravidade do caso e a importância de uma resposta firme por parte da Justiça:

“Trata-se de um crime cruel, marcado por requintes de frieza e planejamento detalhado. Os denunciados não apenas tiraram a vida de uma pessoa vulnerável, como também tentaram enganar as autoridades para se safarem. O Ministério Público de Santa Catarina está empenhado em garantir que eles não fiquem impunes”.


Assista agora mesmo!

Kai-Fáh: Luciano Hang foi dono de bar em Brusque, onde conheceu sua esposa:

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