Comitiva de parlamentares do MST conhece novas experiências na China

Foto: Divulgação

A partir desta segunda (17) a deputada estadual Rosa Amorim (PT) e o vereador de Caruaru Edilson do MST (PT) estão na China. À convite da Universidade Normal do Leste da China, os dois parlamentares do MST integram uma comitiva de políticos e pesquisadores que irão até o país para conhecer diversas experiências de êxito voltadas à modernização da agricultura familiar com base em princípios sustentáveis.

Hoje a China é uma referência na incorporação da inovação da ciência e da tecnologia no meio rural junto de iniciativas sustentáveis. Inclusive, aqui em Pernambuco nós temos várias máquinas de pequeno porte voltadas para a agricultura familiar que foram pensadas e fabricadas na China. Então, nossa ida tem o objetivo de trocar experiências e refletir sobre como podemos adaptar e implementar essas tecnologias no Brasil”, aponta a deputada, que hoje preside a Frente Parlamentar de Combate à Fome e a Comissão de Meio Ambiente na Assembleia Legislativa.

Ela também menciona que a ida deve trazer ganhos concretos. “A expectativa é de reforçarmos nossa articulação para a construção de uma fábrica de bioinsumos que tem uma possibilidade de ser construída em Caruaru”, projeta.

A parceria entre Brasil e China já rende frutos: uma parceria entre o Consórcio Nordeste e a Universidade Agrícola da China trouxe 31 máquinas a assentamentos do MST e mais 50 máquinas foram doadas em associação com a Universidade de Brasília (UnB).

Dentro da programação estão previstas atividades como a visita à Universidade Agrícola da China; um debate sobre estratégias de cooperação Brasil-China; uma reunião no Novo Banco do Desenvolvimento, presidido por Dilma Rousseff; a ida ao Parque Industrial de Novas Mídias de Rongjiang; o debate com estudantes universitários de Fengdeng sobre pesquisas de empreendimentos de base no campo e a visita a aldeia Zaidang para verificar a experiência de cultivo de terraços agrícolas e revitalização rural, entre outros.

Referência mundial
Enquanto o Brasil vive o desafio de diminuição das desigualdades, tendo registrado em 2023 a saída de 8,7 milhões de pessoas da pobreza, a China anunciou a erradicação da extrema pobreza no país em 2020. Isso foi possível graças a distribuição de terra para agricultores junto de maquinário agrícola para o campesinato, aumentando a produtividade no campo e impulsionando o combate à fome nos centros urbanos.

Agora, o país enfrenta o desafio de diminuir sua dependência da produção ocidental a partir de uma política de segurança alimentar em que 90% das necessidades precisam vir da produção doméstica, o que contribui para que o país consiga alimentar sua população.

Todo este processo caminha lado a lado com as questões ligadas ao meio ambiente, já que no país os recursos ecológicos também são utilizados no campo a partir da perspectiva da revitalização rural, explorar o potencial dos recursos rurais na China e utilizá-los economicamente de forma sustentável.

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