“Israel não teve escolha a não ser retomar a guerra”, diz ministro

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou nesta terça-feira (18/3) que o país não teve outra escolha a não ser retomar a guerra contra o Hamas em Gaza, e que as negociações com o grupo palestino chegaram a “um beco sem saída” nas últimas duas semanas e meia.


O que está acontecendo?

  • Na madrugada desta terça pelo horário local — noite de segunda-feira (17/3) no Brasil —, as Forças de Defesa de Israel realizaram uma série de ataques contra a Faixa de Gaza.
  • A ofensiva marca a primeira grande operação militar na região desde o início do cessar-fogo com o grupo Hamas, em janeiro deste ano.
  • Aviões de guerra atingiram locais em todo o território: da Cidade de Gaza, no norte, a Khan Younis, no sul.

Saar explicitou qual será o posicionamento de Israel: “Nenhum cessar-fogo e nenhum retorno dos reféns”. “Se continuássemos esperando, nada se moveria”, alegou o ministro.

A declaração foi feita após os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza na madrugada desta terça. Ao todo, 404 pessoas morreram e 562 ficaram feridas.

O ministro afirmou que a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza visa cumprir e “alcançar os objetivos da guerra”, de acordo com o jornal AL Jazeera.

Saar divulgou nas redes sociais que as declarações da oposição contra a retomada das atividades “são irresponsáveis do ponto de vista nacional” de Israel.

“Hamas não fará Israel se ajoelhar”, disse o ministro Saar.

Ofensivas contra Gaza

Israel retomou os ataques, tendo como alvo lideranças do Hamas e infraestruturas estratégicas do grupo. “Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente”, declarou o governo israelense, destacando que a operação pode ser intensificada.

O grupo Hamas alegou, nesta terça, que os Estados Unidos tinham conhecimento prévio do bombardeio israelense contra a Faixa de Gaza e que têm “total responsabilidade pelos massacres” que ocorreram durante a madrugada.

Os ataques ocorrem em meio a negociações frágeis sobre a segunda fase do cessar-fogo. Iniciado em 19 de janeiro, o acordo previa uma pausa total nos ataques e a troca de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza por prisioneiros palestinos em Israel.

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