‘Sete Malévolas’ de Goldman podem ser “chance para quem pensa no longo prazo”

O Goldman Sachs revisou para baixo sua projeção para o S&P 500, principal índice das bolsas americanas, reduzindo a estimativa de 6.500 para 6.200 pontos até o final de 2025. A decisão ocorre após um recuo expressivo do mercado nas últimas semanas, impulsionado pelo desempenho negativo das grandes empresas de tecnologia, conhecidas como as “Sete Magníficas” – Alphabet (GOOGL), Amazon (AMZN), Apple (AAPL), Meta (META), Microsoft (MSFT), Nvidia (NVDA) e Tesla (TSLA).

Nas últimas três semanas, essas gigantes do setor tech registraram queda de 14% no preço de suas ações, o que gerou uma nova definição do grupo pelo Goldman Sachs, que passou a chamá-las de “Sete Malévolas”, devido ao impacto negativo que exerceram sobre o mercado.

Big Techs puxam queda do mercado

O S&P 500 caiu 9% de sua máxima histórica recente, e mais da metade desse movimento de baixa foi atribuído à performance das big techs. No entanto, o mesmo grupo de empresas também foi responsável por mais da metade da valorização de 25% do índice em 2024, destacando sua influência no mercado acionário.

O Goldman Sachs observou que, apesar da recente queda, o índice ponderado por capitalização registrou uma redução média anual de 10%, movimento considerado alinhado com o declínio das últimas semanas.

Riscos políticos e macroeconômicos pesam no cenário

Os analistas do Goldman Sachs também destacaram que a principal causa para o recuo do mercado vai além do desempenho das big techs. A incerteza política global e os riscos macroeconômicos têm aumentado a aversão ao risco entre os investidores. Entre os principais fatores de preocupação, o banco menciona:

  • Medidas tarifárias de Donald Trump: O presidente dos EUA tem sinalizado políticas protecionistas, aumentando os receios sobre uma nova guerra comercial, o que poderia afetar diretamente a inflação e o crescimento econômico.
  • Impacto na inflação: A volatilidade nos mercados pode impulsionar ainda mais a inflação, pressionando o Federal Reserve (Fed) a manter uma postura mais cautelosa em relação aos cortes de juros.
  • Revisão do PIB: O Goldman Sachs já incorporou a expectativa de um crescimento econômico mais fraco nos EUA, ajustando suas previsões para o restante do ano.

“Chance para longo prazo” avalia analista

O especialista em análise macro, Fabio Fares, ressalta que correções como a atual são comuns no mercado e podem representar oportunidades para investidores de longo prazo. Ele explica que quedas de 10% no S&P 500 raramente ocorrem em períodos de recessão e, quando acontecem sem uma contração econômica, historicamente têm sido momentos atrativos de entrada.

Além disso, Fares destaca que os fundamentos das Sete Magníficas continuam sólidos, mesmo com a recente desvalorização. “Essas empresas seguem líderes em tecnologia e inteligência artificial, com geração de caixa robusta e capacidade de inovação que garantem crescimento sustentável”, afirma. Segundo ele, “gigantes como Microsoft, Amazon e Alphabet operam em setores estratégicos que continuarão se expandindo nos próximos anos, independentemente da volatilidade de curto prazo“.

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