PT-DF reage à declaração de Ibaneis sobre Lula e publica nota

A Executiva Regional do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal (PT-DF) reagiu à declaração do governador Ibaneis Rocha (MDB) de que não pisará em mesmo terreno que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O PT-DF disse que a postura de Ibaneis, “além de antirrepublicana, revela um desrespeito aos princípios constitucionais que um governador deve seguir e ao pacto federativo que rege nossa democracia”.

O governador do DF quer que Lula se retrate por tê-lo acusado, “de forma leviana”, de ser “cúmplice” do ex-presidente Jair Bolsonaro nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro. Ibaneis disse que deixou de ir à posse do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na noite dessa segunda-feira (17/3), porque Lula estava presente.

Lula criticou Ibaneis durante entrevista para um documentário da GloboNews sobre os ataques às sedes dos Três Poderes. “Ele é cúmplice disso, concordou com isso, negligenciou, não agiu corretamente”, disse o presidente. No fim de fevereiro, o inquérito que investigava Ibaneis pelo 8/1 foi arquivado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“O governador do Distrito Federal, em vez de agir com maturidade institucional e respeito ao chefe do Executivo Nacional, opta por declarações grosseiras, que em nada contribuem para o desenvolvimento do DF e do Brasil. Governar exige compromisso com a população, e não manifestações de ressentimento político”, afirma a nota do PT-DF, divulgada na tarde desta terça-feira (18/3).

A declaração de Ibaneis sobre Lula também repercutiu na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

O deputado distrital Fábio Felix (PSol), da oposição, disse que o governador faz “política eleitoral antecipada”. “Ele não é só Ibaneis Rocha quando está sentado na cadeira de governador. Ele é o governador dessa cidade. A responsabilidade é institucional”, afirmou.

Já o líder do governo, Hermeto (MDB), disse que o chefe do Executivo local foi inocentado e “existem mágoas”. “Você acha que o governador, no coração dele, como é que está? A maior autoridade do país disse que ele foi conivente [com os atos antidemocráticos]”, apontou.

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