Saiba quanto ganha policial suspeito de chefiar “Senhor das armas”

Recebendo salário de R$ 20,9 mil como agente especial aposentado da Polícia Federal (PF), Josias João do Nascimento também teria comandado um esquema criminoso milionário. Segundo investigações da Polícia Federal, ele é suspeito de liderar uma organização que abasteceu o Comando Vermelho (CV) com armas de guerra, enviando cerca de 2 mil fuzis de Miami, nos Estados Unidos, para o Rio de Janeiro.

Aposentado voluntariamente desde janeiro de 2019, Nascimento recebe mensalmente um valor que aumentará para R$ 25.250,00 em 2026. No entanto, de acordo com as investigações, os ganhos ilegais do ex-policial e sua quadrilha foram muito maiores: a organização movimentou ao menos R$ 50 milhões com o tráfico de armas.

Na manhã desta quinta-feira (20/3), a PF deflagrou a Operação Cash Courier, cumprindo 14 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao grupo criminoso, incluindo imóveis na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, bairros de alto padrão do Rio de Janeiro.

As investigações apontam que o dinheiro do tráfico de armas foi lavado por meio da compra de imóveis e bens de luxo. Para ocultar a origem dos valores, a organização criminosa utilizava empresas de fachada e laranjas, criando um sistema sofisticado de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

“Senhor das Armas”

Josias Nascimento seria o verdadeiro chefe de Frederick Barbieri, conhecido como o Senhor das Armas, que já foi condenado pela Justiça dos Estados Unidos por tráfico internacional de armamento. Nascimento teria gerenciado o envio dos fuzis para facções criminosas e a posterior lavagem dos lucros.

A operação é um desdobramento da Operação Senhor das Armas, deflagrada em 2017, quando 2 mil fuzis foram apreendidos no Aeroporto do Galeão.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de armas, organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção ativa e corrupção passiva.

O nome da operação, Cash Courier, faz referência ao método utilizado pela quadrilha para movimentar grandes quantidades de dinheiro em espécie, evitando registros bancários que pudessem comprometer os envolvidos.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.