Conheça as cidades do Brasil com redes elétricas subterrâneas

Nas cidades brasileiras, a visão de fios elétricos entrelaçados é bastante comum, levantando preocupações sobre segurança e confiabilidade no fornecimento de energia. Com a queda frequente desses fios, as interrupções no serviço se tornam um problema recorrente. Uma alternativa considerada para mitigar esses problemas é a instalação de redes elétricas subterrâneas. Mas essa abordagem é realmente viável para o contexto brasileiro?

Em algumas áreas do Rio de Janeiro, como o bairro de Botafogo, a implementação de fiação subterrânea já foi realizada. Essa prática começou a ser adotada no Brasil na década de 1940, mas seu avanço tem sido limitado. Atualmente, apenas uma pequena fração da distribuição de energia no país utiliza esse tipo de infraestrutura, com o Rio de Janeiro e São Paulo à frente em termos de extensão.

Quais as vantagens para as cidades com essa rede elétrica?

Cidades como Nova York, Londres e Paris já adotaram redes subterrâneas devido aos seus benefícios significativos. Segundo a Brasil Perfil, essas redes são conhecidas por oferecerem maior confiabilidade e menor risco de interrupções, além de contribuírem para uma paisagem urbana mais limpa e organizada. A durabilidade dessas redes, que pode ultrapassar três décadas, é outro ponto positivo.

No entanto, a implementação de redes subterrâneas não é isenta de desafios. O custo inicial de instalação é significativamente mais alto do que o das redes aéreas, podendo ser até oito vezes maior. Além disso, a manutenção dessas redes pode ser complexa e demorada, especialmente quando se trata de localizar e reparar falhas.

Aspectos econômicos e técnicos para as cidades

Créditos: depositphotos.com / ChrisVanLennepPhoto
Eletricidade novos cabos instalações trincheiras – Créditos: depositphotos.com / ChrisVanLennepPhoto

Especialistas apontam que, embora as redes subterrâneas sejam tecnicamente superiores, o custo elevado é um obstáculo significativo. A implantação em larga escala seria economicamente inviável, especialmente em áreas de baixa densidade populacional. A recomendação é que essas redes sejam priorizadas em regiões densamente povoadas, onde os benefícios superariam os custos.

Essa abordagem permitiria que os custos adicionais fossem suportados apenas pelos usuários dessas áreas específicas, evitando que todos os consumidores fossem onerados. Encontrar um equilíbrio entre o uso de redes aéreas e subterrâneas é essencial para um sistema elétrico mais eficiente e sustentável.

Inovações tecnológicas nas redes aéreas

Além das redes subterrâneas, há um movimento crescente em direção à modernização das redes aéreas existentes. Tecnologias avançadas, como redes inteligentes que utilizam inteligência artificial para monitorar e diagnosticar problemas, estão sendo desenvolvidas. Essas inovações permitem que interrupções sejam rapidamente identificadas e corrigidas, minimizando o impacto nos consumidores.

Com o avanço dessas tecnologias, é possível que apenas áreas específicas sejam afetadas por falhas, em vez de bairros inteiros. A implementação gradual de redes inteligentes está em andamento, à medida que as distribuidoras de energia investem em melhorias futuras.

Perspectivas para a infraestrutura elétrica

A escolha entre redes aéreas e subterrâneas envolve uma análise cuidadosa de fatores econômicos, técnicos e ambientais. Embora o Brasil ainda tenha um longo caminho a percorrer, a combinação estratégica de ambos os sistemas, juntamente com o uso de tecnologias emergentes, pode levar a uma infraestrutura elétrica mais confiável e eficiente, beneficiando diretamente a população.

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