Violência em aldeias indígenas de SC deixa dois mortos em menos de uma semana

Mortes e ataques em territórios indígenas

Dois episódios violentos abalaram comunidades indígenas em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, entre os dias 18 e 22 de março de 2025. Em um dos casos, um pai morreu baleado ao proteger o filho durante um ataque na Terra Indígena Laklãnõ-Xokleng. Dias depois, um homem de 43 anos foi morto por disparos de arma de fogo após uma briga durante um jogo de futebol na Aldeia Barragem, localizada na Reserva Indígena Duque de Caxias.

Pai morre tentando salvar o filho

Na madrugada de terça-feira (18), uma casa foi incendiada na Terra Indígena Laklãnõ-Xokleng. O filho da vítima tentou retornar para apagar o fogo e encontrou o pai ferido com um tiro na cabeça. Segundo relatos, o homem se colocou na frente do filho para protegê-lo dos agressores. Outros três ataques ocorreram na mesma noite em diferentes aldeias, com quatro casas incendiadas no total. O caso está sendo investigado como homicídio pela Polícia Civil, com acompanhamento da Polícia Federal.

Morte após briga em jogo de futebol

Na madrugada de sexta-feira (22), por volta das 00h20, outro homicídio foi registrado na Rua 20 de Julho, em José Boiteux. A ocorrência aconteceu após uma briga em um jogo de futebol na Aldeia Barragem. A vítima, um homem de 43 anos, natural de Santa Catarina e com passagens policiais por roubo, lesão corporal e tentativa de homicídio, foi morto a tiros. A autoria do crime ainda é desconhecida.

Tensão e insegurança nas aldeias

Os dois episódios, ocorridos com poucos dias de intervalo, aumentam o clima de insegurança nas comunidades indígenas da região. As lideranças locais cobram respostas e proteção, enquanto as investigações seguem para identificar os responsáveis pelos crimes e esclarecer as motivações.

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