Garota de programa denuncia exploração e falta de higiene em casa de prostituição – Vídeo

Uma mulher de 27 anos denunciou uma casa de prostituição em Guarujá, no litoral de São Paulo, por condições desumanas de trabalho e exploração sexual. A vítima relatou que era obrigada a andar nua pelo estabelecimento, proibida de negar atendimento a clientes e impedida de sair do local sem pagar multa. O caso levou à prisão de um homem de 41 anos e uma mulher de 22, responsáveis pela administração do local.

A Polícia Civil chegou à residência após a denúncia da vítima na última segunda-feira (17). Em depoimento, a mulher afirmou que havia sido contratada no início do mês para trabalhar no estabelecimento, localizado no bairro Vila Santo Antônio. Segundo a corporação, o homem atuava como ‘cafetão’, enquanto a mulher exercia a função de gerente.

Condições Precárias e Regras Abusivas

A vítima denunciou que a administração do local não fornecia alimentação adequada nem itens básicos de higiene, como papel higiênico. Segundo ela, o banheiro do local era inutilizável, o que a obrigava a fazer suas necessidades fisiológicas em sacolas plásticas.

Além disso, a mulher relatou que as funcionárias eram obrigadas a permanecer nuas dentro da casa para “atrair mais clientes” e trabalhar sem descanso das 10h às 4h. As prostitutas também eram impedidas de sair do local, sob pena de multas que variavam entre R$ 200 e R$ 500.

Outra regra imposta era a proibição de recusar atendimentos, mesmo em situações extremas, como durante o período menstrual. Caso fossem obrigadas a deixar os quartos devido a agressões por parte de clientes, uma multa de R$ 500 era aplicada. O pagamento oferecido pelo estabelecimento era de R$ 6 mil para quem realizasse 90 atendimentos em 15 dias; do contrário, o valor era reduzido para R$ 3 mil, e as funcionárias ainda precisavam pagar três dias de serviço para a casa.

Ação Policial e Prisões

Com base na denúncia, agentes da delegacia de Guarujá foram até o local e encontraram outras mulheres que confirmaram a exploração sexual. Durante a investigação, foram apreendidos cadernos de anotação sobre programas e pagamentos, uma caixa com preservativos e lubrificantes, máquinas de cartão de crédito e uma placa com o nome do website onde os serviços eram anunciados.

Os policiais também identificaram um esquema ilegal de ligação clandestina de energia elétrica, conhecido como “gato”, caracterizando furto de energia.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como furto, favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável e rufianismo, crime previsto no artigo 230 do Código Penal, que trata da exploração sexual.

Casos Relacionados

Esse não é um caso isolado na região. Em outubro do ano passado, policiais do 2º Distrito Policial de Santos descobriram uma casa de prostituição e sadomasoquismo disfarçada de clínica de estética e massagem. A proprietária foi presa, mas liberada após pagar R$ 2,8 mil de fiança.

A investigação teve início a partir de uma denúncia anônima sobre o estabelecimento localizado no bairro Encruzilhada, onde haveria eventos frequentes de sadomasoquismo, uso de drogas e episódios de violência. No local, policiais encontraram funcionárias e a proprietária, que confirmou que a casa funcionava há seis anos.

A Polícia Civil segue investigando ambos os casos para coibir a exploração sexual e garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos.

Do Ver-o-fato, com informações do G1*

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