Em ata, Copom indica que ciclo de alta dos juros “não está encerrado”

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) indicou, nesta terça-feira (25/3), que o ciclo de aperto monetário (ou seja, o aumento dos juros) “não está encerrado”, mas que a próxima elevação “seria de menor magnitude”.

Na última reunião, realizada em 18 e 19 de março, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros (a Selic) de 13,25% ao ano para 14,25% ao ano. Esse foi o quinto aumento seguido da taxa Selic, o ciclo de aperto monetário começou em setembro.

Atualmente, os juros estão no mesmo patamar de 2015 e 2016, época da crise no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).


Entenda a situação dos juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
  • Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país.
  • Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores. A inflação dos alimentos tem sido a pedra no sapato do presidente Lula (PT).
  • São esperadas novas altas nos juros ainda no primeiro trimestre, com taxa Selic próxima a 15% ao ano.
  • Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula (PT) e do mandato de Galípolo à frente do BC.

Copom vê meta sendo descumprida em junho

Em ata divulgada nesta terça-feira, o Copom também confirmou a possibilidade de a inflação estourar a meta nos próximos seis meses.

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