Fuad Noman: entenda condição de saúde que matou prefeito de BH

Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte, morreu nesta quarta-feira (26/3), aos 77 anos, após meses de tratamento contra um linfoma abdominal. Diagnosticado em julho de 2024, o político anunciou estar com o câncer antes das eleições, mas disse estar curado em outubro. Em fevereiro, foi confirmada a remissão da doença.

Desde que foi eleito, pelo PSD-MG, Fuad praticamente não exerceu o cargo. Ele foi internado em 3 de janeiro e desde então lidava com complicações da doença. Na terça-feira (25/3), ele sofreu uma parada cardiorrespiratória que complicou muito sua situação de saúde.

“Neste momento de dor, nos solidarizamos com os familiares, amigos e todos os cidadãos belo-horizontinos que perdem não apenas um líder, mas um exemplo de ser humano”,afirmou a nota divulgada pela Prefeitura de Belo Horizonte.

Desde novembro, foram cinco hospitalizações, incluindo casos de pneumonia, sangramento intestinal e, mais recentemente, insuficiência respiratória aguda. O prefeito chegou a melhorar após intubação, mas não resistiu ao quadro crítico.

Qual era o câncer de Fuad?

O ex-prefeito tinha um linfoma de tipo não-Hodgkin, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, compromete a imunidade e aumenta o risco de infecções.

“O linfoma não-Hodgkin pode se originar em linfócitos B, T ou NK, sendo o tipo B o mais comum. As manifestações, tratamentos e prognósticos variam conforme o subtipo, por isso um diagnóstico preciso e um tratamento rápido é essencial”, explica a hematologista Nydia Bacal, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

A luta do prefeito

O político passou por cirurgia e fez um terapia para controlar a doença — um relatório em fevereiro afirmou que ele havia concluído o tratamento e estava em remissão total (sem tumores no organismo). Entretanto, a saúde dele se manteve comprometida.

Noman enfrentou quimioterapia durante a campanha eleitoral e assumiu o cargo em cerimônia virtual devido à baixa imunidade. Mesmo após alta médica, novas internações marcaram os últimos meses.

Quando foi hospitalizado, em janeiro, o prefeito foi admitido com falta de ar, confusão mental e níveis críticos de oxigênio no sangue. O quadro exigiu suporte ventilatório na UTI do Hospital Mater Dei, onde permaneceu até o óbito.

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