FOTOS: Balneário Camboriú decreta situação de emergência e calamidade nas escolas

A prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSD), assinou nesta terça-feira (25) um decreto de emergência e calamidade nas escolas municipais para viabilizar ações imediatas na infraestrutura. O documento nº 12.199/2025 vale pelo prazo de seis meses.

Foto mostra Prefeita Juliana Pavan em plenário falando sobre situação de calamidade nas escolas

Prefeita anunciou medidas que serão tomadas em sessão na Câmara de Vereadores – Foto: Marcos Brito/Divulgação/ND

A decisão foi tomada no plenário da Câmara Municipal, após um levantamento técnico revelar que todas as 47 unidades de ensino apresentam problemas estruturais graves, comprometendo a segurança e o funcionamento adequado das instituições.

Segundo o Município, o investimento para viabilizar todas as melhorias nas unidades é orçado em cerca de R$ 76 milhões.

Calamidade nas escolas: saiba quais problemas foram encontrados

Entre os principais problemas identificados, destacam-se falhas elétricas, telhados danificados, pisos inadequados, deficiência na climatização e ausência de acessibilidade.

Fotos de buraco no telhado e cozinha suja ilustram situação de calamidade nas escolas em Balneário Camboriú

Reparos e reformas necessárias estão estimadas em mais de R$ 70 milhões – Foto: Divulgação PMBC/ND

Segundo o relatório da Comissão de Reestruturação das Unidades Escolares, constituída por decreto em fevereiro, 12 escolas enfrentam falhas elétricas severas que comprometem seus funcionamentos, enquanto todas as unidades possuem instalações inadequadas e fora das normas vigentes. Ao todo, 33 unidades têm problemas estruturais nos telhados, resultando em infiltrações e risco de desabamento.

Outro ponto crítico apresentado pela Prefeitura é a acessibilidade. Nenhuma das unidades de ensino possui sistema adequado para garantir o deslocamento de pessoas com deficiência, além da inadequação dos pisos, apresentando riscos de acidentes devido a superfícies escorregadias e desníveis entre as salas.

Fotos de fiação desorganizada e entulhos ilustram situação de calamidade nas escolas em Balneário Camboriú

Problemas elétricos estão entre os principais encontrados – Foto: Divulgação PMBC/ND

A situação sanitária também é preocupante. Todas as escolas possuem banheiros com problemas de manutenção e inadequação para a demanda de alunos e funcionários. Um exemplo alarmante é o NEI Santa Inês, no bairro dos Municípios, que conta com apenas dois banheiros para 64 profissionais.

Além disso, inspeções realizadas pela Emasa (Empresa Municipal de Água e Saneamento) indicaram que 27 unidades não possuem a Declaração de Regularidade Sanitária, documento obrigatório para o funcionamento dentro dos padrões de saúde pública, e somente seis instituições estão com o sistema de tratamento de esgoto dentro nas normas necessárias.

Ainda de acordo com o relatório, as unidades escolares também apresentam deficiências no sistema de segurança, como muros baixos e falta de um sistema eficiente de combate a incêndios. Também foi constatado que nenhuma escola possui um plano de evacuação adequado.

Decreto de calamidade nas escolas vale por 180 dias – Foto: Divulgação PMBC/ND

Administração municipal anunciou medidas

O decreto emergencial assinado permitirá a realização de contratações para reparos imediatos, visando garantir condições mínimas de segurança e funcionamento das unidades escolares.

“Não podemos permitir que nossos alunos e profissionais estejam expostos a riscos diários. Este decreto é um passo fundamental para restabelecer a qualidade da nossa educação. Com humildade estou aqui apresentando uma realidade que precisamos superar juntos”, afirmou a prefeita Juliana Pavan, durante a sessão na Câmara de Vereadores.

Imagem mostra Câmara de Vereadores cheia de profissionais da educação

Associação de Professores e Especialistas marcou presença na sessão que discutiu calamidade nas escolas de Balneário Camboriú nesta terça-feira (25) – Foto: Marcos Brito/Divulgação/ND

As medidas incluem a regularização das redes elétricas, reformas estruturais nos telhados, substituição de pisos danificados, adequação dos sistemas de climatização e a implementação de um plano de acessibilidade.

A fiscalização sanitária também será reforçada para garantir que todas as unidades obtenham a certificação necessária para operar dentro dos padrões exigidos.

A administração municipal informou já estar em tratativas com a Defesa Civil e órgãos reguladores para garantir que as intervenções sejam realizadas com celeridade. A Secretaria de Educação informou que um cronograma de ações será divulgado nos próximos dias para que a comunidade escolar acompanhe as melhorias.

A expectativa é que, com o decreto, as obras sejam iniciadas imediatamente, priorizando as unidades em estado mais crítico.

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