Novo decreto de Lula restringe Bolsa Família para evitar fraudes

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva introduziu mudanças significativas nas regras de inclusão de famílias unipessoais no programa Bolsa Família. O objetivo principal dessas alterações é evitar fraudes no sistema de assistência social. A partir de agora, os interessados em receber o auxílio deverão passar por uma entrevista domiciliar para inscrição ou atualização no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Famílias unipessoais são aquelas compostas por apenas um membro. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, houve um aumento de 73% na inclusão dessas famílias no CadÚnico entre 2021 e 2022. No entanto, há uma discrepância entre os dados do Programa Auxílio Brasil e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicam uma diferença significativa no número de lares unipessoais registrados.

Por que as entrevistas domiciliares foram introduzidas?

A introdução das entrevistas domiciliares visa reforçar a verificação das informações fornecidas pelos candidatos ao programa. Essa medida é parte do processo de averiguação cadastral de 2025, que busca garantir uma gestão mais eficiente e precisa do Bolsa Família. O governo acredita que, ao verificar as condições de vida dos beneficiários diretamente em suas residências, será possível reduzir fraudes e garantir que o auxílio chegue a quem realmente precisa.

Família Pequena – Créditos: depositphotos.com / zanuckcalilus

Quem está isento das novas regras?

As novas exigências não se aplicam a todas as famílias unipessoais. Grupos específicos, como indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua, estão isentos da obrigatoriedade da entrevista domiciliar. Essa exceção visa respeitar as particularidades e vulnerabilidades desses grupos, garantindo que eles continuem a ter acesso ao auxílio sem enfrentar barreiras adicionais.

Qual o impacto das mudanças no orçamento de 2025?

Recentemente, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento de 2025, que inclui um corte de R$ 7,7 bilhões no programa Bolsa Família. Esse ajuste orçamentário pode impactar a quantidade de recursos disponíveis para o programa, tornando ainda mais crucial a precisão na distribuição dos benefícios. A medida de verificação mais rigorosa é uma tentativa de assegurar que os recursos sejam direcionados de forma justa e eficiente.

Desafios na erradicação da pobreza

Apesar dos esforços para melhorar a gestão do Bolsa Família, um estudo da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) revelou que 1,3 milhões de famílias ainda vivem abaixo da linha de pobreza, mesmo recebendo auxílio. Isso destaca a complexidade do desafio de erradicar a pobreza no Brasil e a necessidade de políticas públicas eficazes e bem direcionadas.

O governo ainda precisa regulamentar o processo para as famílias unipessoais que já são beneficiárias do programa, mas que ainda não passaram pela coleta de dados em domicílio. Essa regulamentação será crucial para garantir que as mudanças sejam implementadas de forma justa e eficiente, sem prejudicar aqueles que dependem do auxílio para sua subsistência.

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