Seis clubes iniciam o Brasileirão 2025 no modelo SAF

O Campeonato Brasileiro de 2025 começa com uma nova configuração no que diz respeito à gestão dos clubes. Neste ano, seis dos 20 times da Série A operam sob o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), representando 30% dos participantes. Este formato visa aumentar a profissionalização e atrair investimentos, mas o número atual é menor do que na temporada anterior, quando sete equipes utilizavam esse modelo. A queda se deve ao rebaixamento do Cuiabá, que fazia parte desse grupo em 2024.

Os clubes que continuam no modelo de SAF incluem Atlético, Bahia, Botafogo, Cruzeiro e Vasco. Estes times negociaram parte de suas operações com investidores, permitindo a entrada de capital e implementando um controle empresarial mais rígido. O Fortaleza, por outro lado, adotou o modelo de SAF sem vender participação, mantendo sua gestão independente, mas aberta a parcerias estratégicas.

Quais clubes operam como Sociedade Anônima do Futebol?

Entre os clubes que adotaram o modelo de SAF, o Atlético-MG, Botafogo, Cruzeiro, Vasco e Bahia se destacam por terem negociado participações com investidores. Essa mudança trouxe um influxo de capital e uma gestão mais profissionalizada. O Fortaleza, embora tenha adotado o modelo, não vendeu participação, optando por manter sua autonomia enquanto busca parcerias.

O Red Bull Bragantino, embora funcione como clube-empresa, não se enquadra no modelo de SAF. Transformado em sociedade limitada antes da aprovação da Lei da SAF em 2021, o clube ainda não migrou para o novo formato, mas considera essa possibilidade para o futuro. O Fluminense também está explorando a transição para SAF, buscando um modelo com múltiplos acionistas.

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Como a SAF impacta o valor de mercado dos clubes?

Um levantamento realizado em dezembro de 2024 pela Sportsvalue, uma consultoria especializada em marketing esportivo, avaliou o valor de mercado das SAFs brasileiras. Os números refletem o impacto financeiro da transformação dos clubes em empresas, evidenciando tanto a valorização dos ativos quanto os investimentos realizados.

  • Atlético-MG: Valor da SAF: R$ 3,387 bilhões. Dono: Rubens Menin.
  • Botafogo: Valor da SAF: R$ 1,857 bilhão. Dono: John Textor.
  • Cruzeiro: Valor da SAF: R$ 1,472 bilhão. Dono: Pedro Lourenço.
  • Vasco da Gama: Valor da SAF: R$ 1,207 bilhão. Dono: 777 Partners (em disputa com o clube).
  • Bahia: Valor da SAF: R$ 875 milhões. Dono: Grupo City.
  • Fortaleza: Valor da SAF: R$ 754 milhões. Dono: O próprio clube, que busca investidores minoritários com assessoria da XP Investimentos.

O futuro das SAFs no futebol brasileiro

O modelo de Sociedade Anônima do Futebol ainda está em evolução no Brasil. A expectativa é que mais clubes adotem essa estrutura, buscando maior estabilidade financeira e competitividade. A experiência dos clubes que já operam como SAFs pode servir de exemplo para outros que consideram essa transição.

À medida que o Campeonato Brasileiro de 2025 avança, a influência das SAFs no desempenho dos clubes e no cenário econômico do futebol nacional será um ponto de interesse. A capacidade de atrair investimentos e gerenciar recursos de forma eficiente pode determinar o sucesso dessas equipes tanto dentro quanto fora de campo.

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