Bandidos sequestram filho do vice prefeito de Moju em Belém e arrancam R$ 4,7 mil

Um crime que reforça a insegurança das grandes cidades também ronda as ruas da capital paraense: Felipe Malcher, filho do vice-prefeito de Moju, Edson Malcher, mais conhecido como “Pretão” (MDB), foi vítima de um sequestro relâmpago enquanto seguia para o Aeroporto Internacional de Belém, durante a noite de ontem. O jovem foi abordado por criminosos que o obrigaram a transferir R$ 4.740 via Pix e a contatar familiares, numa ação que evidencia a ousadia e a crueldade.

O pesadelo durou horas. Após o assalto, Felipe foi abandonado no bairro do Icuí, próximo ao distrito de Icoaraci, já na madrugada. A liberação do jovem trouxe alívio à família, mas o trauma e a sensação de impotência permanecem. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o vice-prefeito Pretão desabafou sobre o ocorrido, visivelmente emocionado.

“Agradecer primeiramente a Deus e a todas as pessoas que mandaram mensagens de carinho. A gente vê sequestro relâmpago na TV e acha que nunca vai acontecer com a nossa família. Foram momentos desesperadores, mas meu filho está bem agora. Não desejo isso a ninguém”, declarou, destacando também o trabalho da Polícia Civil e Militar na recuperação do filho.

O caso escancara a nefasta realidade dos sequestros relâmpagos, um crime que combina violência, rapidez e exploração da vulnerabilidade das vítimas. Os assaltantes, aproveitando-se da facilidade das transações digitais, forçam transferências bancárias imediatas, como o Pix, e muitas vezes submetem as vítimas a horas de terror psicológico e físico.

Até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Civil informou, em nota, que “equipes da Seccional de São Brás estão trabalhando para identificar e localizar os suspeitos”. A ausência de detenções imediatas, porém, levanta questionamentos sobre a eficácia das ações de combate a esse tipo de crime, que exige não apenas repressão, mas também prevenção e inteligência policial para desmantelar as redes que operam nessas ações.

O alívio de Pretão ao ter o filho de volta não apaga a gravidade do ocorrido. Sequestros relâmpagos, além de roubarem dinheiro e tranquilidade, deixam cicatrizes emocionais profundas. Para a sociedade paraense, fica o alerta: o que aconteceu com Felipe Malcher poderia ter sido com qualquer um.

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