Governo Trump admite erro em deportação de imigrante para El Salvador

O governo dos Estados Unidos admitiu ter cometido um erro ao deportar um imigrante salvadorenho que alegava estar sob ameaça de morte por gangues em seu país de origem. A administração de Donald Trump, no entanto, afirmou não haver mais nada a ser feito para reverter a decisão.

O caso veio à tona após autoridades reconhecerem que a deportação ocorreu devido a uma falha administrativa. A vítima, identificada como, Kilmar Abrego Garcia, havia solicitado asilo nos EUA, argumentando que sua vida corria perigo caso retornasse a El Salvador. No entanto, por um equívoco no processamento de sua documentação, ele foi enviado de volta ao país.

Desde que foi detido pelo serviço de migração e alfandega dos EUA, Garcia não tem contato com sua família.

A defesa do governo norte-americano, reconheceu o erro da agência. “No dia 15 de março, embora o ICE estivesse ciente de que ele tinha proteção contra deportação para El Salvador, Abrego Garcia foi removido para El Salvador devido a um erro administrativo.”

Segundo a administração de Trump, não há mecanismos legais para trazer o imigrante de volta após a deportação ter sido concluída. Essa declaração gerou críticas de organizações de direitos humanos, que classificaram o episódio como um reflexo da rigidez e ineficiência do sistema de imigração dos EUA.

Durante coletiva de imprensa, Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, reafirmou a posição do governo.

“Mantemos a posição de que este indivíduo deportado não irá retornar ao nosso país e era um membro da brutal gangue MS-13”, declarou.

Leavitt ressalta que o governo possui informações que comprovam a participação do homem no comando da gangue. A porta-voz não apresentou tais dados, assim como não foram discriminadas evidências no documento judicial.

“Embora se reconheçam as dificuldades financeiras e emocionais para a família de Abrego Garcia, o interesse público em não retornar um membro de uma gangue criminosa violenta aos Estados Unidos supera esses interesses individuais.”

Garcia desembarcou nos EUA aos 16 anos, visando fugir da ameaça de gangues em seu país. Casado com uma cidadã americana, o deportado é pai de uma cirança de 5 anos e não possui antecedentes criminais nos EUA.

Governo de Trump chamou Garcia de um “perigo para a comunidade”. Enquanto seu advogado declara que a administração norte-americana acusa falsamente seu cliente de ser membro da gangue.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.