Fábrica de bilionários: quem é quem na família Voigt, dona da multinacional catarinense WEG

A cidade de Jaraguá do Sul, no Norte catarinense, é terra de duas das bilionárias mais jovens de todo o mundo. Lívia Voigt e Dora Voigt de Assis são herdeiras da multinacional WEG, que ficou conhecida como “fábrica de bilionários” e reúne outros dois na lista dos 60 mais ricaços do Brasil.

Fábrica de bilionários: quem é quem na família Voigt, donos da multinacional WEG – Foto: Divulgação/WEG/ND

De onde vem fortuna dos bilionários

A história da multinacional iniciou em setembro de 1961 na cidade do Norte de Santa Catarina. A Eletromotores Jaraguá foi fundada por Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus e, anos depois, mudou seu nome para homenagear seus criadores.

O nome WEG – inicial dos seus fundadores – hoje é reconhecido como uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo.

Inicialmente, a companhia produzia apenas motores elétricos, mas ampliou as atividades a partir da década de 80, com a produção de componentes eletroeletrônicos, produtos para automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e em pó e vernizes eletroisolantes.

Família de bilionários

Werner Ricardo Voigt, nascido em 1930, é descendente de imigrantes alemães. Ele mudou-se para Joinville, cidade vizinha de onde fica localizada a WEG, para estudar e trabalhar. Após servir o exército brasileiro militar, se especializou em radiotelegrafia e eletrônica. Voigt idealizou o protótipo de um motor que se tornou o produto originário da WEG.

Eggon João da Silva, nascido em 1929 em Schroeder, começou a trabalhar aos 13 anos. Trabalhou por mais de uma década no principal banco do estado. Depois, atual em uma empresa especializada em produção de canos de escpae para veículos. Quatro anos depois, Eggon deixou a empresa para enfrentar o maior desafio de sua carreira e fundar a WEG junto com Werner e Geraldo.

Já Geraldo Werninghaus nasceu em 1932 na cidade de Rio do Sul. Aos 14 anos, ele iniciou seu aprendizado como mecânico. Aos 29 anos, aceitou o convite de sociedade para fundar a WEG em Jaraguá do Sul. Na fábrica, Werninghaus se encarregava da produção propriamente dita. Era tido como um líder com foco na produção e nas equipes de trabalho.

Os fundadores da WEG, Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus – Foto: Divulgação/WEG/ND

Herdeiros

Os quatro bilionários que aparecem na lista dos mais ricos do Brasil, organizada pela revista Forbes, descendem de Werner Ricardo Voigt. As fortunas variam entre R$ 6,3 bilhões e R$ 8,5 bilhões.

38º – Eduardo Voigt Schwartz

• Patrimônio líquido: US$ 1,5 bilhão (R$ 8,5 bilhões);
• Idade: 75 anos;
• Fonte de riqueza: WEG.

39° – Mariana Voigt Schwartz Gomes

• Patrimônio líquido: US$ 1,4 bilhão (R$ 7,9 bilhões);
• Idade: 39 anos;
• Fonte de riqueza: WEG.

Eduardo Voigt Schwartz e Mariana Voigt Schwartz Gomes aparecem na lista dos 40 mais ricos do Brasil – Foto: Reprodução/ND

49° – Lívia Voigt de Assis

• Patrimônio líquido: US$ 1,1 bilhão (R$ 6,3 bilhões);
• Idade: 20 anos;
• Fonte de riqueza: WEG.

50° – Dora Voigt de Assis

• Patrimônio líquido: US$ 1,1 bilhão (R$ 6,3 bilhões);
• Idade: 27 anos;
• Fonte de riqueza: WEG.

Dora e Livia Voigt, respectivamente, duas das mais jovens herdeiras do mundo – Foto: Reprodução/ND

Anne Werninghaus, herdeira de Geraldo Werninghaus, perdeu a posição na lista da Forbes. Seu patrimônio acumulado, em 2025, não chega a U$ 1 bilhão.

Seu lugar na lista passou para Eduardo Voigt Schwartz e Mariana Voigt Schwartz Gomes. Os irmãos estavam na sétima posição em 2024, mas aumentaram suas fortunas em R$ 3,54 bilhões, chegando a acumular R$ 8,5 bilhões em 2025.

Segundo a metodologia da Forbes, o levantamento considera todas as pessoas que possuem patrimônio líquido mínimo de US$ 1 bilhão, equivalente a R$ 5,62 bilhões, conforme cotação do dólar em 3 de abril de 2025.

Em 2024, para um bilionário brasileiro somar US$ 1 bilhão (um bilhão de dólares), era necessário um patrimônio de R$ 4,9 bilhões.