Atriz de Senna, Julia Foti quer novela e sonha com programa próprio

Julia Foti conversou, com exclusividade, com a coluna Fábia Oliveira e revelou detalhes da sua carreira. A atriz fez sucesso, recentemente, ao interpretar Adriane Galisteu na série Senna, da Netflix.

Durante o papo, ela compartilhou compartilha os bastidores de sua intensa preparação para viver a apresentadora. “Trazer essa menina apaixonada era o mais importante para mim”, contou a artista, que mergulhou em entrevistas antigas, podcasts e no livro Caminho das Borboletas para construir a personagem.

Com passagens por grandes produções da Globo, Disney+ e Record, Julia Foti afirmou que o maior desafio da carreira é a persistência. “Continuar na carreira, investindo e me dedicando a cada trabalho sem pensar em desistir, é o mais desafiador.”

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Julia Foti

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Julia Foti como Adriane Galisteu em Senna

Guilherme Leporace/Netflix

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Julia Foti

Foto: Pupin Deleu

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Foto: Pupin Deleu

Ela também se divide entre os palcos e o Carnaval. Como destaque da Rosas de Ouro, no Carnaval deste ano, viveu um sonho: “Foi muito além das minhas expectativas”, declarou ela, que também se destaca como apresentadora e praticante de dança vertical. “Foi uma paixão à primeira vista que não pretendo largar nunca mais”, falou.

Entre novelas, festivais, palcos e esportes, a atriz sonha alto: “Quero fazer uma novela completa… e ter um programa sobre esportes!”. E apesar da rotina puxada, ela garantiu: “Tento aproveitar tudo que conquistei e agradecer por ter, hoje, a rotina que sempre batalhei para ter”.

Confira a entrevista completa com Julia Foti:

Como foi o processo de interpretar Adriane Galisteu na série Senna? Você chegou a falar com ela em algum momento antes ou após a série ir ao ar?
Eu busquei referências de entrevistas atuais e antigas, podcasts, mas, principalmente, no livro Caminho das Borboletas, onde Adriane ainda era uma menina, contando sobre, principalmente, o amor… Trazer essa menina apaixonada era o mais importante para mim. E Gabriel Leone foi um grande parceiro de cena, também com olhos profundamente sensíveis a ela. A ideia era aproveitar todos os segundos de cena e entregar o melhor para essa aparição tão aguardada. E eu acredito que tenha dado certo.

Eu a encontrei na peça de amigos em comum, em São Paulo… Foi ótimo conhecê-la e conversar com ela. Falamos sobre diversas coisas, inclusive nossas semelhanças, mas, na época, nada sobre a série em si.

Você tem um currículo diverso, passando por produções da Netflix, Globo, Disney+ e Record. Qual foi o papel mais desafiador até agora?
Em meus últimos trabalhos, eu tive mais destaque, mais oportunidades de mostrar meu trabalho e me desenvolver como atriz. Sou muito grata por cada vivência e não consigo dizer qual foi o mais desafiador… Consigo dizer que continuar na carreira, investindo e me dedicando a cada trabalho sem pensar em desistir, é o mais desafiador.

Qual foi a experiência mais marcante para você no teatro?
Atuar em “casa cheia” é muito bom, mas os momentos mais marcantes são aqueles com poucas pessoas na plateia, e que você precisa entregar a mesma qualidade, a mesma paixão pelo teatro de sempre… Seria hipocrisia dizer que plateia vazia é ótimo também… Mas acredito fielmente que foi onde eu aprendi mais! Que o fato não era o esperado, mas que, mesmo assim, eu ia dar meu melhor! Ia fazer daquela noite a mais feliz para quem queria muito estar ali, e entender que os desafios da atuação estão muito além do que se vê por aí.

Como foi desfilar como destaque da Rosas de Ouro? O Carnaval sempre fez parte da sua vida?
Sempre! Sempre fez parte da minha vida e eu sempre amei a Rosas de Ouro! Primeiramente, por influência da minha mãe, que sempre desfilou por lá. Segundo, porque a dança, para mim, tem um lugar muito especial. E o samba é envolvente demais! As pessoas da escola são acolhedoras demais. Eu sabia que seria uma experiência inesquecível, mas foi muito além das minhas expectativas!

A Adriane Galisteu também teve uma forte ligação com a escola. Isso foi uma coincidência ou teve um significado especial para você?
Eu não sabia desse momento da Adriane Galisteu na escola… Me lembro muito da Ellen Rocche como rainha. Quem me contou sobre a Galisteu foi a presidente Angelina, no dia em que fui apresentada à comunidade! Adriane e eu crescemos em bairros próximos em SP, acredito que possa ter sido por isso. Mas, óbvio, gostarmos da mesma escola em SP e desfilar pela Rosas de Ouro é mais uma semelhança que encontrei e amei!

Além da atuação, você faz parte de um grupo de dança vertical. Como surgiu esse interesse e quais são os desafios dessa modalidade?
Eu fazia SP Escola de Teatro, na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo. É uma escola gratuita com vários cursos incríveis para atores e não atores estudarem arte! E um dos cursos disponíveis para candidatura era Dança Vertical, que até então eu não sabia muito sobre. Foi uma inscrição quase sem certeza do que era, porém uma paixão à primeira vista que não pretendo largar nunca mais!

Apesar das dificuldades nos ensaios, treinos e execução — afinal, precisamos da NR35, ASO, equipe técnica, uma parede com alguns requisitos e engenheiro nas vistorias de ensaios e apresentações —, hoje conseguimos inscrever essa categoria artística em leis de incentivo que têm nos dado oportunidade de trabalhos maravilhosos, além de espalhar essa arte pelo Brasil!

O que te motivou a incentivar mulheres a praticarem esportes? Você já praticou alguma modalidade que nunca imaginava experimentar?
Eu acho que as mulheres se limitam a testar coisas novas ao longo da vida. São muitas responsabilidades já colocadas sobre a mulher e, às vezes, testar coisas novas fica fora de cogitação. O quadro que eu desenvolvi nas redes é para desmistificar algumas coisas… A dificuldade de encontrar novos hobbies, a quebra da vergonha de errar ou não saber fazer as coisas no começo (ninguém nasce sabendo), e de achar que é incapaz. E mostrar, principalmente para quem não gosta de academia, mas quer praticar esporte, que é possível fazer outras coisas, se apaixonar por um hobby novo, fazer amizades nesse ambiente esportivo, e ter uma atividade física para chamar de mozão! (risos)

Você cobriu os Jogos Olímpicos de Paris pelo Time Brasil. Qual foi o momento mais emocionante dessa experiência?
O primeiro impacto foi muito emocionante. Quando estive pela primeira vez no estádio, que foi o de atletismo, a emoção bateu forte. E na Casa Brasil, onde iam os atletas depois das competições, também era sempre muito emocionante! A recepção dos brasileiros que lá estavam, a emoção e felicidade dos atletas, e a estrutura completa da Casa Brasil. Foi emocionante demais!

Você está conciliando a carreira de atriz com a de apresentadora. Como tem sido essa transição?
Não escondo que tudo começou por uma necessidade de fazer dinheiro. Eu fazia teatro, mas não ganhava muito com isso. Recorri à publicidade e isso foi gerando mais repertório e mais experiência. Hoje sou muito confiante como apresentadora, seja em eventos ao vivo ou publicidades… e tenho um amor e carinho grandíssimo por essa carreira que venho me aperfeiçoando e estudando cada vez mais!

O que ainda falta realizar na sua trajetória profissional? Algum sonho que ainda não saiu do papel?
Quero fazer uma novela completa! Não quero mais ou menos do que fazer filmes e séries… não é sobre isso! Simplesmente é uma sensação que nunca tive e quero muito vivenciar. Mas participar de mais festivais, voltar ao teatro e fazer mais cinema/streamings também estão no meu TOP 1. E, na área de apresentadora… quero ter um programa sobre esportes!

Com uma rotina tão agitada, como você equilibra sua vida pessoal e profissional?
Foram anos para entender e organizar uma rotina não convencional. E hoje tenho meus afazeres diários, meus horários de estudos e metas profissionais… além do meu compromisso comigo mesma: treinos, fortalecimento dos joelhos operados, autocuidados e práticas esportivas que não vivo sem. Sei de todo meu privilégio, mas nem sempre foi assim. Então, tento aproveitar tudo que conquistei e agradecer por ter, hoje, a rotina que sempre batalhei para ter.

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