Ato de Bolsonaro em São Paulo mobiliza 45 mil e reúne mais de 100 autoridades pela anistia

Cerca de 44,9 mil pessoas participaram do ato convocado por Jair Bolsonaro neste domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo. O ex-presidente liderou a manifestação em defesa da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que eleições em 2026 sem sua presença seriam um atentado à democracia.

“Eleições 2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, escancarar a ditadura no Brasil”, declarou ao público.

Forte presença política

O evento contou com a presença de mais de 100 autoridades políticas, incluindo senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores. Entre os nomes de destaque estavam os senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta, e os deputados federais Eduardo Bolsonaro, Nikolas Ferreira, Carla Zambelli e Sóstenes Cavalcante.

Também compareceram sete governadores:

• Tarcísio de Freitas (São Paulo)
• Romeu Zema (Minas Gerais)
• Ratinho Júnior (Paraná)
• Jorginho Mello (Santa Catarina)
• Ronaldo Caiado (Goiás)
• Wilson Lima (Amazonas)
• Mauro Mendes (Mato Grosso)

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também esteve presente, assim como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato.

Pauta da anistia e ataques ao Judiciário

O objetivo central da manifestação foi pressionar pela aprovação de um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados e propõe a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Bolsonaro e seus aliados classificam as penas aplicadas como “desproporcionais”.

Durante seu discurso de aproximadamente 25 minutos, Bolsonaro atacou o STF e o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelos processos do 8 de janeiro:

“Só um psicopata para falar que aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro foi tentativa armada de golpe militar”, disse o ex-presidente.

Estratégia de retorno ao cenário político

Bolsonaro também reforçou sua intenção de disputar as eleições presidenciais de 2026, apesar de estar inelegível até 2030. Ao longo do discurso, alegou ser vítima de perseguição judicial e defendeu seu direito de concorrer:

“Querem tirar quem tem chance real de voltar ao poder”, afirmou.

A mobilização na Paulista é vista como parte de uma estratégia para manter sua base engajada, reforçar apoio institucional e buscar caminhos jurídicos e políticos para reverter sua inelegibilidade.

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