Petróleo despenca 15% em uma semana: Quando vai baixar o preço nas bombas de combustíveis?

Imagem: Wikimedia/creative commons

Preço do barril atinge menor patamar em três anos

O preço do petróleo Brent acumulou uma queda de aproximadamente 15% desde o início de abril, despencando de US$ 74,49 para US$ 63,34 em apenas seis dias. A forte desvalorização é resultado direto das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que reacenderam temores de recessão global e derrubaram os mercados de commodities.

A movimentação nas cotações internacionais levou o Brent a registrar os menores valores em mais de três anos, numa sequência de dois dias seguidos com perdas superiores a 6%. A pressão também se intensificou após a Opep+ anunciar aumento na produção de petróleo a partir de maio, ampliando ainda mais a oferta no mercado internacional.


Petrobras reage, mas impacto nas bombas ainda é tímido

Diante do cenário externo, a Petrobras anunciou no dia 1º de abril uma redução de R$ 0,17 no litro do diesel nas refinarias, o que representa um corte de 4,6%, fixando o valor em R$ 3,55. No entanto, a medida ainda não foi sentida pelos consumidores finais, uma vez que os preços nas bombas continuam praticamente inalterados.

Não há, até o momento, qualquer sinalização oficial de corte nos preços da gasolina. A Petrobras informou que futuras mudanças dependerão de estudos técnicos e seguirão os critérios internos de governança.


Por que o preço na bomba demora a cair?

Mesmo com a queda acentuada do petróleo no mercado internacional, o preço dos combustíveis no Brasil não reage imediatamente. A defasagem ocorre devido a uma série de fatores, como custos logísticos, margens de distribuição e revenda, além de tributos estaduais e federais que compõem o valor final pago pelo consumidor.

Além disso, a Petrobras adota uma política que considera não apenas o preço internacional do petróleo, mas também a cotação do dólar frente ao real e os custos de importação.


Consumidores cobram respostas

Com os combustíveis ainda em patamares elevados, a queda de 15% no valor do petróleo reforça a pressão por mais transparência e agilidade nas decisões sobre repasses às bombas. O momento é decisivo: enquanto o mercado internacional registra o maior tombo dos últimos anos, motoristas brasileiros seguem esperando por um alívio que ainda não chegou.

A pergunta que não quer calar: se o petróleo cai, por que o combustível ainda não?

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