Risco de recessão global cresce com tarifas e queda do petróleo, avalia economista

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A forte volatilidade desta semana reacendeu as preocupações com uma possível recessão global. Em entrevista ao programa BM&C News, Andressa Durão, economista do ASA, avaliou que o tarifaço anunciado pelo governo Trump e a queda acelerada do petróleo elevam as incertezas e pressionam o cenário econômico.

Não se trata só do impacto direto das tarifas“, explicou Andressa. Para ela, o maior risco vem da manutenção de uma incerteza elevada, que paralisa investimentos e consumo em escala global.

Recessão em vista? Crise de confiança agrava cenário

Segundo a economista, o ambiente de incerteza já estava instalado desde o início do governo Trump, mas se intensificou com a política agressiva de tarifas. “Mesmo que sejam anunciadas medidas positivas, a sensação é de que a incerteza vai permanecer“, afirmou.

Durão destacou que a crise de confiança afeta diretamente o comportamento de investidores e consumidores, que preferem se retrair diante do cenário nebuloso. “Você não saber o que vem a seguir é muito pior“, alertou.

Além das tarifas, ela apontou que mudanças internas no governo dos Estados Unidos e a falta de mensagens claras contribuem para ampliar a volatilidade nos mercados.

Tarifas atingem diversas economias e recessão entra no radar

Andressa Durão lembrou que os impactos das tarifas já começaram a ser sentidos por diversos países, como México, Canadá e China. “Esses países já estão sofrendo nas suas economias, na balança comercial e na inflação“, disse.

A economista revelou que a expectativa do ASA também foi revisada: “Aumentamos a probabilidade de recessão para 50%, com uma queda do PIB provavelmente nos próximos trimestres.

Para ela, o cenário de desaceleração sincronizada nas principais economias do mundo já está em formação, iniciado pelos Estados Unidos, mas com efeitos se espalhando rapidamente.

Fed e governo dos EUA precisam reagir para evitar colapso

Para mitigar os impactos da crise e evitar uma recessão mais profunda, Andressa defende que o Federal Reserve adote uma postura mais ativa na condução da política monetária. “Precisamos que o Fed se coloque numa posição de estímulo à economia, se necessário“, afirmou.

Além disso, ela cobrou uma postura mais consistente da equipe de governo norte-americana: “É fundamental que o governo Trump se comprometa em passar uma mensagem confiável e parar de soltar informações contraditórias.

Segundo Durão, a instabilidade nas declarações oficiais tem sido um dos principais combustíveis para a volatilidade dos mercados. “Não é exatamente a tarifa em si, mas a comunicação confusa que traz volatilidade“, concluiu.

Assista na íntegra:

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