Na noite desta quarta-feira, 9, Paysandu e Goiás se enfrentaram no estádio Mangueirão, em Belém, pelo jogo de ida da final da Copa Verde. O Papão da Curuzu, diante de sua torcida fanática, dominou a partida, criou chances claras, perdeu gols inacreditáveis e, mesmo pouco incomodado pelo adversário, não saiu do 0 a 0. Com o empate, o clube paraense terá que decidir o título e buscar o sonhado pentacampeonato fora de casa, em Goiânia (GO), na próxima partida.
O primeiro tempo foi de domínio bicolor. O Paysandu começou propondo o jogo, ajustou a marcação e, aos poucos, empurrou o Goiás para o campo de defesa. Com um futebol rápido e ofensivo, o Papão tomou a iniciativa, enquanto o Esmeraldino adotava uma postura cautelosa, marcando atrás da linha do meio-campo e esperando por um erro.
As chances não demoraram a aparecer. Aos 31 minutos, Rossi fez um lançamento primoroso para Nicolas, que ficou cara a cara com o gol, mas se enrolou com a bola e desperdiçou uma oportunidade que centroavante nenhum pode perder. A Fiel, nas arquibancadas, mal acreditava.
Aos 38, outra chance de ouro. Rossi, novamente inspirado, recebeu pela direita e deu um passe milimétrico para Nicolas, que finalizou à queima-roupa. Desta vez, o goleiro Tadeu, do Goiás, brilhou com uma defesa milagrosa, evitando o que parecia ser o inevitável gol bicolor.
O Papão colecionava gols perdidos, mas mantinha o controle da partida. O primeiro tempo terminou com um futebol envolvente do Paysandu, que merecia a vantagem no placar, mas esbarrou na falta de pontaria e na noite iluminada do arqueiro adversário.
Na segunda etapa, o ritmo caiu. O cansaço bateu, e o técnico Luizinho Lopes não hesitou: logo aos 10 minutos, promoveu substituições, incluindo a saída do artilheiro Nicolas, visivelmente abaixo do esperado. As mudanças até trouxeram fôlego novo, com o time explorando mais o lado direito, mas o ataque continuava esbarrando no bem postado sistema defensivo do Goiás.
O Esmeraldino, por sua vez, parecia satisfeito em esfriar o jogo, segurar o empate e levar a decisão para casa.
Na reta final, o Paysandu se lançou ao ataque com tudo. Era raça pura, mas pouca organização. A pressão foi intensa, e a vontade de abrir o placar era evidente, já que o 0 a 0 representava uma desvantagem clara para o jogo de volta. Mesmo assim, a bola teimava em não entrar.
Do outro lado, o Goiás pouco ameaçava, satisfeito em administrar o resultado e apostar suas fichas no confronto em Goiânia.
Ao apito final, o 0 a 0 no placar refletiu a história do jogo: um Paysandu dominante, mas ineficaz, contra um Goiás que sofreu pouco e levou o que queria. O Papão mostrou garra, mas expôs fragilidades gritantes, especialmente no ataque, onde faltou talento para complementar a entrega.
Para um 2025 competitivo, o elenco bicolor precisa de reforços e ajustes. Agora, o pentacampeonato da Copa Verde – e a vaga nas oitavas da Copa do Brasil de 2026 – será decidido fora de casa, em um duelo que promete ser duríssimo contra um Goiás confiante em seus domínios.
A torcida, que lotou o Mangueirão, sai frustrada, mas ainda acredita: o sonho do penta segue vivo, só que mais distante de Belém.
RAIO X DA PARTIDA
Estádio: Mangueirão, Belém (PA)
Juiz: Alisson Sidney Furtado (TO)
Assistentes: Anny Kesy Gomes de Sá (AM) e Cipriano da Silva Sousa (TO)
4º Árbitro: Marcos Mateus Pereira (MS)
VAR: Rodrigo Batista Raposo (DF)
Cartões Amarelos: Rossi (PAY); Lucas Lovat e Willean Lepo (GOI)
Paysandu: Matheus Nogueira; Luan Freitas, Yeferson Quintana, Ramón Martínez; Edílson (Bryan Borges), Leandro Vilela, Marlon (Cavalleri), PK; Rossi, Nicolas (Benítez), Delvalle (Giovanni). Técnico: Luizinho Lopes
Goiás: Tadeu; Willean Lepo (Diego Caíto), Messias, Lucas Ribeiro, Lovat (DG); Marcão Silva, Rodrigo Andrade (Rafael Gava), Juninho; Zé Hugo, Jajá (Welliton Matheus), Arthur Caíke (Facundo Barceló). Técnico: Wagner Mancini
MELHORES MOMENTOS
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